As alterações ao Sistema Integrado de Operações e Socorro (SIOPS), que resultam da necessidade da sua adequação à nova organização territorial da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), entraram em vigor ontem, 1 de janeiro.
As atuais alterações resultam essencialmente da necessidade de adequação do SIOPS “à alteração da organização territorial da ANEPC”, põe fim aos 18 comandos distritais de operações e socorro (CDOS), e dão lugar a 24 comandos sub-regionais.
O fim dos 18 CDOS e a criação de 24 comandos sub-regionais de emergência e proteção civil estavam previstos na lei orgânica da ANEPC, que entrou em vigor em abril de 2019. A Rádio campanário falou com José Ribeiro, Comandante Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo sobre estas alterações e o que implicam as mesmas, na prática.
José Ribeiro começa por nos referir “na prática, em linha com aquilo que é a linha orgânica da Autoridade Nacional de emergência e proteção Civil, passámos de uma organização dos distritos e passámos para uma organização alinhada com as sub-regiões, ou seja, com as comunidades inter-municipais.”
No caso concreto do Alentejo, esclarece “estão a funcionar 4 comandos sub-regionais, o comando do Alentejo central que corresponde ao antigo distrito de Évora, o comando do Alentejo Litoral que inclui os cinco municípios do Alentejo Litoral, o comando do Alto Alentejo que abrange ao distrito de Portalegre e o Comando do baixo Alentejo que corresponde ao distrito de Beja, excepto o município de Odemira que transitou para o comando do Alentejo Litoral.”
O objetivo é que exista “uma maior proximidade com as comunidades intermunicipais , com os agentes de proteção civil, nomeadamente com os Bombeiros.”
Na prática, em termos de funcionamento, “não existirão alterações no que diz respeito ao despacho de meios, de monitorização e de gestão das operações, ou seja, em termos operacionais nada altera.”
A extinção dos CDOS(comandos de Operação de Socorro) e a entrada em vigor dos Comandos Sub-regionais, no que diz respeito à prestação de socorro às populações , refere José Ribeiro “nada muda, ou seja, as salas de operações articulam-se entre elas e ajustam-se aquilo que são as necessidades.”
“O cidadão não vai notar qualquer alteração de fundo a esta mudança” refere o Comandante Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo acrescentando que este novo modelo permite “uma maior aproximação às populações e às suas necessidades” realçando, através deste novo modelo, uma maior aproximação aos Municípios com quem “a partir de agora partilharemos as mesmas preocupações daquilo que são as especificidades próprias das sub-regiões.”