O Governo e o Ministério da Saúde cederam ao grande lobby da Indústria Farmacêutica, ao cederem para que existisse um aumento generalizado no aumento do preço dos medicamentos, principalmente nos de menor custo até ao dia de hoje. Esta situação é inadmissível e incomportável, tanto que num período em que a inflação aumenta abismalmente quase 10% em cerca de 30 anos, em que o preço dos alimentos e da energia têm tido dos maiores aumentos, como por exemplo em que um cabaz básico de consumo alimentar aumentou mais de 20% e os preços da energia tiveram um aumento de mais de 30%.
As Grandes Empresas têm tido lucros exponenciais como é o caso da EDP com lucros de mais de 87% em relação ao ano passado e o Grupo Jerónimo Martins com lucros de mais de 40%.
A produção de produtos farmacêuticos continua a ser um sector com resultados financeiros bastantes positivos e com lucros colossais. Situação que não é alheia ao que são opções motivadas não pelo interesse das populações e saúde pública, mas pelos das empresas farmacêuticas e seus lucros, em particular das multinacionais para quem o Governo/Ministério da Saúde tudo facilita.
Qualquer que seja a análise, a solução que é necessária, se queremos de facto responder a estes problemas, passa impreterivelmente por uma resposta pública, com a redução do preço dos medicamentos e caminhando para que os doentes crónicos tenham medicamentos gratuitos, investindo e reforçando os serviços públicos nacionais de saúde, capacitando o País, produtiva e tecnicamente, libertando patentes, com vista a responder às suas necessidades quanto a medicamentos, no quadro da sua soberania e também criando o Laboratório Nacional do Medicamento.