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“A realidade é contra;o Aeroporto de Beja serve para muito mas não para alternativa a Lisboa” diz Presidente da ERT Alentejo(c/som)

 

Beja e Alverca entraram na lista de possíveis localizações para o novo aeroporto de Lisboa, depois de propostas à Comissão Técnica Independente (CTI) responsável pela avaliação ambiental estratégica, que as vai analisar.

O Aeroporto de Beja é apontado por uns como uma alternativa aos constrangimentos que se fazem sentir no aeroporto de Lisboa e Porto, e apontado por outros como não sendo a solução, esta questão está longe de reunir consenso.

À margem da apresentação do , a RC falou com o Presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, Vítor Silva, sobre estes novos dados em todo este processo.

De referir que o responsável pelo Turismo do Alentejo, em entrevista à Rádio campanário já tinha adiantado considerar que o Aeroporto de Beja não tem condições para ser uma alternativa  ainda que tenha as maiores pistas do país.”

Face ao facto de Beja e Alverca entraram na lista de possíveis localizações para o novo aeroporto de Lisboa, o Presidente da ERT Alentejo e Ribatejo refere “Eu não sou contra o Aeroporto de Beja ser uma alternativa, a realidade é que é contra” especificando que “não tenho dúvidas nenhumas que puseram lá Beja porque alguém disse para lá colocar Beja mas não vai haver nenhuma conclusão que diga que Beja vai ser um Aeroporto alternativo.”

Na opinião de Vítor Silva “vai ser construído um novo Aeroporto, no Montijo ou Alcochete, mas não vai ser Beja a escolhida”. Questionado sobre porque motivo foi agora considerada esta possibilidade, Vítor Silva sublinha “Beja está lá porque o Aeroporto existe e devem avaliar-se todas as situações“.

Para o Presidente da ERT “era preferível que se avaliasse a sério para que serve aquele Aeroporto e serve para muita coisa mas não é para ser alternativa a Lisboa.”

Destaca ainda que “no Aeroporto de Beja trabalham em permanência 150 pessoas e este Aeroporto é responsável pela manutenção e desmantelamento de aeronaves, uma área que devia ser mais explorada” realçando ainda “a aviação executiva é ali muito utilizada mas essa não é notícia” acrescentando mesmo que “o Aeroporto de Beja podia ser uma grande plataforma de aviação executiva.”

Vítor Silva considera ainda que não seria viável que as pessoas fizessem uma viagem de avião, e depois tivessem ainda que percorrer horas de viagem para chegarem aos seus destinos. Conclui dizendo “podia pensar-se em construir uma nova via férrea mas isso custa quase tanto como um novo aeroporto.”

Recorde-se que a CTI tem como coordenadora-geral a professora Rosário Partidário e conta com uma equipa de seis coordenadores técnicos, entre os quais se encontra a professora universitária Rosário Macário, especialista em Planeamento e Operação de Sistemas de Transportes, que ficou responsável pela coordenação da área de planificação aeroportuária.

Os relatórios com as conclusões da CTI têm de estar fechados até novembro, passando-se depois para a fase de discussões públicas.

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