Este “petisco” feito à base de cabeça de porco cozida com cebola, alho, vinagre e outros condimentos, é um petisco adorado e “adoptado” pelos Alentejanos. Não há, de facto, registos exactos quanto à origem da cabeça de xara, mas Otávia Rebelo – mentora da Salsicharia Canense na freguesia de Cano, Sousel – levou esta iguaria às bocas do mundo derivado da paixão e sabor que nela coloca há 26 anos, altura em que construiu de raiz a salsicharia “Eu já fazia isto desde os 17 anos. Era uma tradição da povoação. Matava-se um porquinho para comer e eu gostava dessa lide (…) só trabalhamos com lenha de azinho e o frio faz falta para a carne. Quando chega o calor, não fazemos esses enchidos à chaminé porque pinga muita gordura”, conta Otávia, hoje com 75 anos.
Neste momento, fornece restaurante de cozinha contemporânea e confessa que “já vêm de uma ponta à outra do País” à procura desta iguaria, a cabeça de xara.
No entanto, a paixão que coloca no que faz permite que continue a produzir emblemas de charcutaria nacional.
Fonte: Expresso
