Decorreu hoje, na cidade de Évora, uma manifestação de agricultores que mobilizou cerca de 2000 pessoas e 500 tratores até à cidade alentejana par protestar contra as políticas agrícolas do país.
A Rádio Campanário esteve presente nestes protestos e falou com Sónia Ramos, deputada na Assembleia da República pelo PSD, que esteve presente na manifestação e nos deu a sua opinião sobre a reivindicação dos agricultores, onde começou por referir que a sua presença faz sentido “desde sempre que o PS é Governo, porque a agricultura é sempre o parente pobre quando o PS governa os destinos do país. Tão mau quanto este Ministério da Agricultura, só mesmo mesmo o de Jaime Silva e, portanto dizer que, o PSD esteve sempre do lado dos agricultores, continua no distrito de Évora a apoiar a causa dos agricultores, depois da pandemia, depois de uma guerra, do aumento da inflação, sabemos que aqueles que estão a suportar a crise alimentar são os nossos agricultores, que não têm tido os apoios necessários para a sua atividade e não podemos deixar de estar aqui hoje com aqueles que trabalham a terra e são os cuidadores do mundo rural”.
Após ter sido confrontada com o facto de que estudos do INE dizem que os preços dos produtos aumentaram para o consumidor a partir da produção, a deputada do PSD referiu que “a distribuição tem aí uma grande responsabilidade. Os agricultores continuam a ter custos de produção elevados e, se nós compararmos a inflação dos produtos alimentares com a a restante inflação notamos que é muito superior nos produtos de primeira necessidade”.
Quanto aos agricultores não pedirem mais apoios e sim organização no setor da agricultura, Sónia Ramos diz que “não tendo o Ministério da Agricultura a força política que se impõe para defender o setor, é evidente que as coisas não podem funcionar bem, e é evidente que se o Ministério da Agricultura não apoia as organizações, e não existe deste ponto de vista, um diálogo permanente e regular sobre as dificuldades dos agricultores de forma precoce para poder logo ajudar a resolver aquilo que têm sido os constrangimentos na atividade agrícola, é evidente que as coisas vão piorando. Se não temos um Ministério pró-ativo, que defende os agricultores ou que pelo menos saiba falar com eles, é evidente que a situação chega à rua e é por isso que eles aqui estão”.