O Comendador Rui Nabeiro faleceu recentemente, aos 91 anos de idade.
Figura consensual, um dos maiores empresários do País, deixou Portugal consternado com a sua partida.
Campo Maior , a sua terra desde sempre e para sempre, é por estes dias o espelho da tristeza e do luta por um filho e pelo “Pai” da terra.
No passado sábado realizou-se a missa de sétimo dia pela morte do Comendador Rui Nabeiro e a Rádio Campanário esteve presente.
Falámos com Canelas da Encarnação, um habitante de Campo Maior, que conhecia bem Rui Nabeiro e que com ele viveu grande parte da história da sua vida.
Canelas da Encarnação começa por nos contar “conhecia bem o comendador e não podia faltar a esta missa nem ao funeral”.
Também com 91 anos de idade, a mesma idade com que Rui Nabeiro faleceu, diz conhecia Rui Nabeiro desde que nasceu.
Frequentaram a escola juntos como nos conta “fizemos juntos a escola até à quarta classe”.
Diz com orgulho “Rui Nabeiro sempre foi um homem diferente, nasceu para trabalhar” acrescentando “nunca o vi brincar como os outros.”
Canelas da Encarnação conta-nos histórias de outros tempos “Rui Nabeiro começou logo a vender pelos cantos da Vila, apregoando as coisas que havia no mercado da Vila para vender.”
Rui Nabeiro recebia por isto “25 tostões” explicando que na altura “Rui Nabeiro tinha 10 a 11 anos”.
Os anos foram passando e entre Rui Nabeiro e Canelas da Encarnação ficou a amizade “nunca me desliguei dele”.
Canelas da Encarnação conta-nos “tratava-me por sargento porque eu tinha sido sargento na tropa.”
Um “homem bom, diferente, único e exemplar” é a frase mais ouvida por estes dias em todo o País.
O Comendador Rui Nabeiro partiu mas deixou em Portugal e no Alentejo um legado de humanismo que jamais será esquecido pelo Povo, especialmente por aqueles que privarem mais de perto com ele.
