Lançado para apoiar a região de Sines após o fecho da central a carvão, este programa de apoio social da EDP quer promover uma transição justa através de novos negócios locais e de requalificação profissional na área das energias renováveis.
O que tem uma designer de moda a ver com transição energética? Perguntem a Ana Catarina Rocha, que lançou, em Sines, a marca de roupa Slow Vanity e fica mais claro. Quando o grupo EDP encerrou a sua central de carvão nesta zona do litoral alentejano, no início de 2021, dando um passo decisivo na descarbonização e no futuro mais verde do país, já estava em ação há quase um ano o plano Futuro Ativo Sines. O programa, criado com o objetivo de minimizar o potencial impacto económico e social causado pelo encerramento da central, definiu várias linhas de intervenção – e a promoção de negócios locais e apoio a empreendedores, através do programa Nau, foi umas delas. Ana Catarina Rocha candidatou-se, meteu mãos à obra, ultrapassou fronteiras. “Se eu não tivesse este apoio, a Slow Vanity não estaria a correr tão bem e não se teria internacionalizado”, reconhece a jovem empresária que lançou um negócio de moda sustentável.
O Futuro Ativo Sines é um dos cerca de 500 projetos reunidos sob a marca EDP Y.E.S. – You Empower Society, programa que reúne toda a área de responsabilidade social da empresa. E é também um bom exemplo do impacto positivo que a EDP quer ter na sociedade, aqui associado à preocupação da empresa de proporcionar apoio à comunidade sineense, muito ligada à central termoelétrica.
Ainda antes de a produção a carvão terminar na central, acionaram-se equipas que se reuniram com várias entidades e agentes regionais. Juntos conceberam uma estratégia para implementar novas vias de progresso e assistência, pensadas para os trabalhadores e alargadas a toda a rede populacional, numa abordagem de 360 graus. A iniciativa envolve ações de curto, médio e longo prazo, como a aposta na criação de empregos e na implementação, ou renovação, de negócios. Estabelece parcerias com vários agentes, associações independentes e entidades públicas confiantes no trabalho da EDP, que tem larga experiência em operações da mesma natureza em todo o mundo.
Para Jorge Mayer, responsável pelo Futuro Ativo Sines, o facto de o programa ter sido construído em conjunto com entidades locais torna-o ainda mais especial: “Foi desenhado com a comunidade e para a comunidade, complementando o que já existia no terreno.” Até hoje, formaram-se 40 pessoas que avançaram para um total de nove negócios em Sines e em Santiago do Cacém, criando 21 postos de trabalho. E já existiam condições ideais para o apoio da EDP: a localização, o ambiente tranquilo, o potencial de energias renováveis. Tudo mais-valias que tornam Sines uma zona estratégica para Portugal.
No final de 2022, mais de 70% dos funcionários da antiga central a carvão de Sines já estavam em novos postos de trabalho, confirma Jorge Mayer, responsável pelo Futuro Ativo Sines.
A intervenção social do Futuro Ativo Sines é ampla. Através do EDP Solidária Sines, foram beneficiados 11 projetos de entidades locais, num investimento de 145 mil euros. Veja-se o caso do Cuidar Vivências, Inovar Respostas, coordenado pela Santa Casa da Misericórdia de Sines: a proposta é renovar a assistência do Centro de Dia e do serviço de apoio ao domicílio. Entre as muitas ações estão as aquisições de uma consola de jogos e tablets, mobiliário e decoração, desenho de fardas e logótipo e a contratação de um profissional para atendimento da comunidade.
Na área de energia doméstica, um dos projetos é promovido pela Casa de Jovens O Farol, em Santo André, próximo de Santiago do Cacém. O objetivo é realizar o isolamento de tubos de aquecimento para proporcionar mais conforto e segurança às crianças residentes. É apoiada a compra de colchões, pontos de luz e tapetes. Tal como noutros programas do grupo EDP, os voluntários foram e são parte essencial das atividades e do sucesso das ações.
Foto: aenergiaquemudaomundo
Fonte: aenergiaquemudaomundo