A Cáritas Diocesana de Beja pede um “compromisso” por parte das autarquias e das empresas do distrito, no apoio ao financiamento do Centro de Alojamento de Emergência Social (CAES) a criar na cidade.
Segundo O Atual, em nota de imprensa, a Cáritas de Beja revelou que tem apresentado junto de vários parceiros as suas necessidades em termos financiamento, para projetos que pretende executar na área social, principalmente para o Centro de Alojamento de Emergência Social, que foi aprovado no âmbito de uma candidatura apresentada pela Cáritas ao Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).
O projeto conta um investimento previsto de cerca de 923 mil euros, e conta também com comparticipação, através da entidade interlocutora, o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, de valor de aproximadamente 784 mil e 651 euros, sendo necessário capitais próprios de cerca 138.467 euros, capitais esses que a instituição não dispõe.
A Cáritas de Beja revelou aO Atual, que participou na última reunião do Conselho Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo para apresentar o projeto, assim como os seus objetivos e público-alvo, procurando sensibilizar o poder local para a pertinência da sua existência face aos problemas e desafios sociais que estão colocados, uma vez que este equipamento pretende dar resposta a muitas situações identificadas no distrito.
No caso do CAES, o projeto integra também a Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário, que tem como objetivo dar uma resposta imediata a Pessoas em Situação de Sem Abrigo e que contará com um protocolo com o Instituto da Segurança Social para o financiamento da frequência do mesmo.
A Cáritas Diocesana de Beja afirma que tem ao longo dos vários anos e através das diferentes direções, procurado responder aos problemas e desafios sociais no distrito e do concelho, através da criação de equipamentos específicos e únicos no distrito de Beja, como são exemplo a Comunidade Terapêutica Horta Nova, a Comunidade de Inserção e agora o Centro de Emergência Social.
Ainda segundo a Cáritas “a par desta importante criação de estruturas físicas, de acolhimento, tratamento, acompanhamento e integração, todas elas protocoladas com o estado português, através do Ministério do Trabalho e Solidariedade Social ou Ministério da Saúde, nas quais o Centro Distrital da Segurança Social tem tido um papel importante” a instituição “tem sido igualmente pró-ativa em procurar outras formas e fundos para ir respondendo a outros desafios com outros projetos, como são exemplo disso a intervenção junto das pessoas em situação de sem abrigo ou da comunidade migrante.”
Tendo em conta o grau de importância do CAES, a cáritas quer contar com o o compromisso por parte das autarquias e empresas do distrito, no apoio ao financiamento a esta estrutura, permitindo que “não se comprometa seriamente a Cáritas Diocesana de Beja na sua resposta a outras situações a que é muito solicitada” e termina com a afirmação que acredita que “todos juntos, e dentro daquilo que são as limitações, mas igualmente nas potencialidades, possamos responder aos inúmeros desafios sociais, contando naturalmente com o Poder Local” como até aqui tem contado.
Foto: Alvitrando
Fonte: O Atual