O número de jovens desempregados inscritos no IEFP foi o mais baixo de sempre , nos meses de março, registando uma diminuição de -1,8% face ao mês homólogo.
De acordo com os dados divulgados recentemente pelo IEFP, no Alentejo verificou-se uma subida de 7,2% face ao período homólogo, ainda que em comparação com o mês de Fevereiro se tenha verificado uma descida.
À margem da inauguração da FIAPE – Feira Internacional Agro-Pecuária de Estremoz, a Rádio Campanário falou com Arnaldo Frade, Delegado regional do Instituto Português do Emprego e Formação sobre esta questão.
O delegado regional explica em declarações à RC que “nós temos um nível de desemprego na ordem dos 15600 desempregados em toda a região Alentejo e que corresponde a uma subida de 7% por comparação com o ano anterior; Comparando com o mês anterior, houve uma descida.”
Arnaldo Frade dá ainda conta que “no Alentejo Central há 3600 desempregados com uma descida de cerca de 3, 6% comparando com o ano anterior e também uma descida comparando com o mesmo anterior.”
A subida de 7,2% registada, explica o Delegado Regional do IEFP “verifica-se pelo número de estrangeiros que se inscrevem no IEFP” acrescentando que “é uma subida muito localizada no Alentejo Litoral, nomeadamente no Município de Odemira onde temos mais de 2000 pessoas estrangeiras, sobretudo da região do Paquistão, Nepal e Índia.”
A subida, realça “ tem sobretudo a ver com a subida de população migrante para a qual temos todos que encontrar as melhores soluções e que são essenciais para a região e para o país.”
Questionado pela RC se esta subida do desemprego no Alentejo tem a ver com a falta de pessoas qualificadas, Arnaldo Frade salienta “estas pessoas são sobretudo pessoas não qualificadas, inscrevem-se nos serviços como pretendendo trabalhar na Agricultura.”
O Delegado Regional do IEFP explica ainda “nós formámos no ano de 2022 cerca de 17 mil formandos e se a maioria das pessoas que vamos tendo são pessoas não qualificadas , quer dizer que aquelas que vamos qualificando vão entrando para o mercado de trabalho e vão entrando outras que precisam que se continue este trabalho de qualificação.”
Todo este trabalho, acrescenta Arnaldo Frade, também exige que “os empresários joguem mais mão daquilo que está disponível no IEFP em termos de mão de obra porque de facto temos poucas ofertas de emprego comunicadas.”