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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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“Apesar de ter vindo da diplomacia, estive sempre ligado à agricultura e espero fazer um bom trabalho”, diz candidato à presidência do CAP (c/som)

No passado dia 28 de abril, a Rádio Campanário esteve presente na Ovibeja, onde falou com Joaquim Capoulas a respeito do candidato à presidência da Confederação de Agricultores Portugueses (CAP), Álvaro Mendonça e Moura, que acompanhou o presidente da APORMOR, que também faz parte da lista do candidato, para se dar a conhecer à população.

A Rádio Campanário aproveitou a ocasião e falou com o candidato a respeito da sua candidatura à presidência do CAP, onde começou por nos referir que “o que tenho para oferecer é uma grande paixão. Apesar de ter feito uma vida muito por fora, estou ligado à agricultura desde miúdo, a minha família vem toda de Trás-os-Montes, mas vem de uma grande ligação à agricultura e eu fui acompanhando, na medida do possível, enquanto pude, toda a atividade familiar e, depois chegou uma altura em que tive que reconverter isso e fiz uma reconversão do nosso próprio projeto agrícola. O que tenho para oferecer é um grande empenho, uma grande dedicação e a consciência de que a agricultura é indispensável para o país e, o ter andado por fora, também me fez ver todo o esforço que é preciso para chegar ao meio urbano, para que este perceba a realidade agrícola, e isso foi algo que eu vivi muito quando era embaixador em Bruxelas e tive que renegociar a Reforma da Política Agrícola Comum em 2003, vi as dificuldades que foi preciso ultrapassar e hoje estou inteiramente empenhado e dedicado a esta atividade, de maneira que, o que tenho para oferecer é isto, é disponibilidade, empenho e paixão”.

Questionado se não era preciso ser-se agricultor para para perceber de agricultura e poder dirigir o CAP, Álvaro Mendonça e Moura referiu que “é indispensável perceber de agricultura, não é preciso ser técnico do setor A, B ou C, mas é preciso perceber de agricultura e, é preciso perceber os problemas concretos com que os agricultores se defrontam e, isso é indispensável. A CAP, felizmente, tem um corpo técnico de altíssimo nível, como não há nenhum em matéria agrícola neste país, e por isso é que a CAP, ao longo destes anos todos que já leva, tem dado este contributo fundamental para o desenvolvimento da nossa agricultura”.

Quanto às contestações contra a Ministra da Agricultura, na qual a CAP também está envolvida, o candidato contou-nos que “a CAP tem sido caríssima na manifestação das suas preocupações e a razão é muito simples, é que os problemas essenciais estão por resolver, é isso que nos motiva. A futura direção será a mesma coisa, o que nós temos é um conjunto de problemas elencados, que nós queremos resolver e ver resolvidos rapidamente. Agora vamos também acrescentar-lhe o problema da seca, basta olhar aqui à nossa volta, será mais um problema a acrescentar aos que já existiam. Nós vamos debater sempre pela resolução destes problemas que afetam toda a agricultura e, portanto, que afetam o país. É isto que nos move”.

Os agricultores, o que pedem, antes de tudo, é a resolução dos problemas, e é para isso que queremos que o governo olhe. Como é que resolvemos estes problemas? Eles estão todos identificados, temos um conjunto enorme de problemas que temos que resolver rapidamente, é isto que tem vindo a ser publicitado, eu estive pessoalmente na minha região, em Mirandela, e foi isso que nós dissemos que era preciso resolver. Os principais problemas são as ajudas a que temos que nos candidatar todos os anos, essas candidaturas estão atrasadíssimas, esse é o problema mais imediato, depois temos que rever o PEPAC, que pode ser revisto até setembro, tenho esperança que haja o bom senso necessário para dar passos importantes nessa revisão, depois temos a execução do PDR 2020, que está muito atrasada, que tem que ser concluído até 2025, mas nós já estamos praticamente em meados de 2023, portanto, o tempo urge, há uma enorme quantidade de dinheiro por executar e, depois temos o problema da seca, que temos que tomar medidas imediatas, estes são os principais problemas imediatos. Depois temos problemas a longo prazo, mas sobre esses falaremos a seu tempo”, acrescentou.

 

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