A situação de seca no Alentejo que já levou os Agricultores a pedirem ao Governo que declare a situação de calamidade é preocupante e exige, segundo os memos, medidas imediatas.
O Preço da água é outra das situações que está a causar preocupações acrescidas aos Agricultores, nomeadamente a quem beneficia da água de Alqueva.
Rui Garrido, presidente da Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA), a este propósito, em declarações à Rádio Campanário referiu “nós ainda não sabemos qual vai ser o preço da água de Alqueva.”
De acordo com o Responsável desta Federação “Nos primeiros três meses do ano, a EDIA faturou a água, colocando em cima do seu preço, o valor da inflação” explicando que, para já “esta é uma situação que se pode aceitar.”
Apesar desta pequena subida, Rui Garrido reitera “não sabemos ainda qual vai ser o aumento que vamos ter daqui para a frente.”
No que diz respeito à situação da seca no Alentejo, Rui Garrido entende que “à semelhança do que fez o governo Espanhol, em Portugal também devia ser decretada a situação de seca” entendendo que isto é fundamental para que “os agricultores possam ser apoiados, cumprido as exigências que lhes são pedidas.”
O Presidente da FAABA considera ainda essencial que “o Preço da água seja definido o quanto antes e que o mesmo seja mantido dentro dos valores do ano passado.”
O maior problema surge nas Agro-pecuárias de sequeiro adianta Rui Garrido que explica “aqui a situação é calamitosa”
“ Pensamos que têm que haver ajudas diretas aos Agricultores, aos seus animais e às suas culturas e as coisas não podem ser feitas como o ano passado” acrescentou Rui Garrido que espera que haja “bom senso e sensibilidade para com as necessidades dos Agricultores e dos Produtores Agrícolas; Têm que estar do lado dos Agricultores e não contra eles.”
Questionado pela Rádio Campanário sobre os passos já dados pela Federação para ajudar os Agricultores, Rui Garrido adianta “mandámos uma carta à Ministra da Agricultura, com um diagnóstico da situação e propondo medias mas até ao momento não recebemos qualquer proposta.”
“Infelizmente as coisas vão-se agravar e vamos ter que continuar a pedir intervenção urgente por parte do Ministério da Agricultura” acrescenta Rui Garrido.