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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

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Seca: Plataforma Água Sustentável considera resposta à escassez hídrica desajustada!

A Plataforma Água Sustentável (PAS) defendeu  maior uso de águas fluviais e residuais tratadas, e manifestou-se contra dessalinizadoras, captação de água no Guadiana ou construção de barragens.

Numa nota, divulgada nas suas redes sociais, a Plataforma dá conta que a evolução da situação hídrica do país tem vindo sistematicamente a confirmar as previsões anunciadas há quase um século por diversos especialistas. Desde novembro de 2020, data da sua constituição, que a PAS (Plataforma Água Sustentável) i9 vem alertando para a falta de resposta institucional atempada ao problema da escassez hídrica, designadamente na região do Algarve, tem mostrado os efeitos negativos de algumas propostas oficiais ii) e apresentado alternativas.

A PAS tem analisado dados e propostas oficiais , e tem proposto e justificado as medidas que considera serem necessárias para dar resposta à escassez hídrica e caminhar no sentido da sustentabilidade dos nossos recursos hídricos.

Na mesma nota pode ainda ler-se que é  com grande apreensão que a PAS vê serem adotadas medidas desajustadas, suportadas por políticas de investimento público e privado, que não se ajustam às orientações e objetivos das políticas ambientais.

O Estado também tem sugerido a construção de novas barragens e a solução “Captação de Água no Guadiana”; contudo, considera a Plataforma. estas propostas entram em contradição com a Diretiva Quadro da Água, Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas (ENAAC), Plano Nacional da Água (PNA) e Avaliação Nacional de Risco, porque têm fortes impactos, entre eles a diminuição do caudal dos rios, com impactos no local de captação e nos ecossistemas a jusante explicando que no caso do Guadiana – a parte jusante está integrada na Rede Natura 2000 e é previsível um aumento de salinidade no local da captação, em resultado do decréscimo de pluviosidade que se regista no sul do país. Além disso, o rio Guadiana é um rio transfronteiriço, pelo que os impactos atingirão Portugal e Espanha, pelo que terá que ser também discutido com o Estado Membro vizinho e a população local afectada.

Assim,acrescenta,  a PAS considera que a diversificação das origens de água deverá ser feita através do recurso às águas fluviais e residuais tratadas; discorda da construção da central de dessalinização, da “Captação de Água no Guadiana”, ou da construção de barragens, porque, além dos impactes ambientais por demais conhecidos, o aumento da temperatura/evaporação e diminuição da pluviosidade tornará o volume de água a armazenar cada vez menor.

A resolução da situação actual não é simples, admite a Plataforma que entende serem necessárias medidas de curto prazo de cariz urgente  e medidas de longo prazo mas não será encontrada com grandes obras de construção civil que aumentam a pegada ecológica agravando, consequentemente, a consumo de água, a desflorestação e a poluição do mar, o que, por sua vez, desequilibra ainda mais o clima.

Fonte: PAS

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