Decorreu esta tarde, em Montemor-o-Novo, a apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndio Rurais (DECIR2023), por parte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Central da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
A Rádio Campanário esteve presente e falou com Paulo Alves, presidente da Federação de Bombeiros Voluntários do Distrito de Évora.
Em declarações à Rádio Campanário referiu que “apresentámos aqui hoje o Dispositivo de Combate a Incêndios Rurais, espera-se um ano duro, pouca chuva, espera-se um ano de combate difícil, mas certamente todas as forças estarão operacionais e certamente farão o seu melhor e aquilo que sabem fazer, não esquecendo a maior força de combate aos incêndios rurais, que são os Bombeiros Voluntários que, estão prontos para o que aí vem”.
Questionado quanto à integração de outras forças no combate a incêndios de modo a reforçar o trabalho dos Bombeiros Voluntários, Paulo Alves referiu que “todos são poucos. Hoje em dia os incêndios têm um comportamento muito imprevisível, tudo muda, o terreno muda, o combustível muda, e essas entidades que vieram reforçar o combate são todas bem-vindas e, o que se espera, é que todas tenham entendimento e que corra tudo bem”.
Quanto à proposta apresentada pelo Governo em abril, para estes meios de combate a incêndios, o presidente da Federação de Bombeiros Voluntários do Distrito de Évora referiu que “o dispositivo é igual ao do ano anterior, tem alguns reforços, o reforço dos meios aéreos ainda não está concluído porque sabemos que ainda não a disponibilidade de todos os que se pretendem, mas o Governo também está a trabalhar nisso, a Liga dos Bombeiros Portugueses também entendeu propor, enquanto esse reforço dos meios aéreos estiver concluído, reforçar os meios terrestres, mas penso que o dispositivo é suficiente para o que aí vem”.
Questionado de se os cerca de 20 mil elementos no terreno serão suficientes, Paulo Alves diz não referir se são ou não suficientes porque “os meios são sempre poucos, esperemos é que corra tudo pelo melhor, que os incêndios de grande dimensão sejam poucos, que eles possam ser combatidos nos primeiros 90 minutos, que é o ataque inicial para que não hajam grandes ocorrências”.
“Em cada época existe sempre uma preparação. A formação faz parte dos Bombeiros Voluntários e não há ninguém que esteja melhor preparado que eles, eles têm esta génese, fazem o que gostam e a formação faz parte, é uma instrução anual e os bombeiros estão preparados”, finalizou.