Decorreu hoje em Évora, pelas 11:30h, a apresentação do Plano Estratégico e de Ação do Javali em Portugal.
Esta iniciativa teve como finalidade a apresentação do Plano Estratégico como uma condição chave para a valorização ecológica e económica do javali, tendo em conta os desafios ecológicos e sanitários emergentes.
O evento, organizado pelo Ministério do Ambiente e Ação Climática e pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), contou também com a presença de Gonçalo Rodrigues, Secretário de Estado da Agricultura.
A Rádio Campanário esteve presente e falou com o Secretário de Estado sobre o evento.
Em declarações à nossa redação, Gonçalo Rodrigues referiu que “o evento trata-se de uma mostra, que é uma ação conjunta entre duas áreas governativas, o Ambiente e Ação Climática e a Agricultura e Alimentação, na tentativa de haver um plano de estratégia e de ação de combate a este aumento drástico da comunidade de javalis, que não afeta apenas aquilo que é a área florestal e que o Ministério da Ação Climática demonstra, mas também aquilo que a agricultura, e aquilo que tem sido o impacto do movimento destas comunidades, que tem afetado de larga maneira a produção agrícola, com impactos significativos nas perdas de produtividade, que depois demonstram aquilo que também é uma perda na rentabilidade das explorações agrícolas, e logo desde muito cedo analisámos a nossa preocupação conjunta na tentativa de criar mecanismos e instrumentos de apoio para, primeiro, o combate e também tentar inimizar aquilo que é o do movimento de javalis junto do setor agrícola”.
Questionado sobre os desafios e obstáculos do plano face ao movimento de javalis, o Secretário de Estado da Agricultura refere que “nós não controlamos onde os animais andam, esse é o primeiro ponto, mas é muito importante saber onde é que estão, como crescem, como se reproduzem, como tem sido o seu impacto para, depois, os podermos conhecer devidamente e podermos combatê-los logo desde raiz e encontrar mecanismos de apoio, seja pela promoção de caça, seja pela criação de focos alimentares onde eles possam residir, seja depois a criação de cadeias curtas de abastecimento, onde possam ser valorizados e onde, ao invés de serem apenas consumidos pelas pequenas comunidades, lhes seja criado um mercado e lhes seja dado depois outra alavancagem no ponto de vista da criação de valor.”
“Os objetivos deste plano é tentar saber como as comunidades se têm desenvolvido, onde residem, onde tendem a atacar, seja do ponto de vista agrícola, seja florestal, seja agro-pastoril, ou até urbano, para depois melhor conhecê-las e poder combater logo o seu crescimento e tentar encontrar mecanismos regulares que combatam este crescimento exponencial e, depois também, através daquilo que tem sido o crescente da pastoria africana, um foco de perigo para a saúde pública que nós temos que ajudar a combater”, finalizou o Secretário de Estado.
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