Os vinhos Discórdia têm origem em uvas colhidas na vinha de 10 hectares da Herdade Vale d’Évora, situada a poucos quilómetros de Mértola. A propriedade encontra-se integrada no Parque Natural do Vale do Guadiana, numa zona de reserva de caça, povoada de matos mediterrânicos, alguns campos de cereais e significativas zonas de reflorestação com azinheiras, medronheiros e pinheiros.
Como a vinha se encontra localizada no semideserto de Mértola, cresce no limiar da fertillidade, isto é, o clima é seco e quente e, os solos pobres não permitem outra ambição. A equipa da Herdade Vale d’Évora sabe-o e assume a condição excecional.
Filipe Sevinate Pinto, enólogo do projeto reconhece que, estão perante uma proposta existente e, que exige um cuidado redobrado, principalmente na vinha, como acaba por referir “Na colheita de 2022, mais do que nunca as idas ao campo foram fundamentais. Foi um ano com alguns episódios de temperaturas altas que provocaram heterogeneidade nas maturações e de colher cedo, principalmente em zonas quentes do país como a de Mértola, muito especificamente nos brancos, onde pretendemos tensão, acidez e vivacidade dos mostos”.
A gestão da água é outro desafio que existe para esta equipa. A herdade tem uma barragem própria e, que tem capacidade de fazer a distribuição para dois anos de produção, mas para isso, é necessário que chova.
É neste contexto, que o vinho Discórdia Branco que chega neste momento ao mercado é um produto de resiliência e de sustentabilidade económica e ambiental de uma das regiões mais afetadas pelas alterações climáticas.
Fonte: Sapo Lifestyle
