Em 27 de abril passado, a Comissão Técnica Independente para o novo Aeroporto de Lisboa anunciou nove opções possíveis para o novo aeroporto, que incluem as cinco definidas pelo Governo e outras quatro, nomeadamente Portela+Alcochete, Portela+Vendas Novas, Rio Frio+Poceirão e Vendas Novas.
O Município de Vendas Novas já reuniu com a comissão de acompanhamento e também com a Comissão Técnica Independente e sobre as duas reuniões já realizadas, a Rádio Campanário falou com o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Vendas Novas, Valentino Salgado Cunha, que começou por nos referir “nós fomos surpreendidos , quando no final de abril, foi noticiado que a localização que na altura se designava por Pegões, agora Vendas Novas, seria umas hipóteses finais para estudar pela CTI.”
Segundo avança o Vice-Presidente da Autarquia, “na reunião que nós tivemos com a Comissão de Acompanhamento , estamos numa fase muito inicial dos estudos quanto à localização de Vendas Novas porque é recente” acrescentando ainda “o Município está a colaborar com a Comissão Técnica Independente dando-lhe as informações solicitadas sobre o nosso território para que a proposta quando for analisada a nível nacional , tenha o melhor enquadramento possível.”
Segundo o Autarca, “a maior preocupação, neste momento, é que este investimento a vir para Vendas Novas salvaguarde a qualidade de vida da população , principalmente no que diz respeito à poluição em geral e à poluição sonora.”
Segundo o Vice-Presidente “a previsão da CTI é que a construção do Aeroporto seja faseada, ou seja numa primeira fase, seja construída uma ou duas pistas, e que depois possa no máximo ir até 4 pistas em simultâneo, com um comprimento cada de 4 KMS, razão pela qual não foram ainda abordados quaisquer valores para este investimento.”
O Edil realçou ainda “o que está ainda em estudo é se a nova localização do novo aeroporto é uma localização que funcionará por si só, independentemente de outra solução aeroportuária ou se será uma solução dual, sendo o novo aeroporto articulado com o já existente.”
Certo é que, tal como defende a Câmara de Vendas Novas, “temos infraestruturas ferroviárias, temos autoestrada, estamos perto de Lisboa , portanto em termos de infraestrutura em si, aquilo que é necessário fora as ligações, é mesmo a construção do Aeroporto.”
Quanto aos benefícios de uma possível construção desta infraestrutura para o concelho de Vendas Novas e para o Alentejo, Valentino Salgado Cunha sublinhou “Mais do que um aeroporto só de Lisboa , este será um Aeroporto para o Alentejo” explicando “nós somos uma região de Fronteira, estamos muito virados para a área metropolitana de Lisboa sem deixarmos de ser Alentejo mas a proximidade que temos da Capital é uma mais valia que nós temos que aproveitar.”
Consciente de que um novo Aeroporto trará, como explica “ um aumento de tráfego, da população, do número de empresas, com impacto nos hábitos de vida que temos mas nós como região do Alentejo Central temos de escolher se queremos o progresso ou não e a meu ver o progresso passa por uma infraestrutura desta envergadura.”
“Estamos a falar do Aeroporto da coesão territorial mas a decisão final é do Governo ainda assim estamos a acompanhar e a lutar por aquilo que são os direitos e a qualidade de vida da nossa população” acrescentou ainda.
À partida, sublinha por último, “a proposta da localização do novo Aeroporto será apresentada ao Governo até final do ano, mas depois a decisão propriamente dita deverá resvalar para 2024.”
