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Financiamento e recursos humanos apontados como entraves à adaptação climática no Alentejo

Paulo Spranger / Global Imagens

Projeto financiado pelos EEA Grants permitiu a 14 municípios da região criar estratégias integradas para enfrentar as consequências das alterações climáticas. “Os desafios são grandes para o poder local, daí a importância destes planos de ação”, considera o presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central.

Segundo o Diário de Notícias, nos próximos 30 anos, a região do Alentejo corre o risco de perder entre 28% e 40% dos recursos hídricos disponíveis. Este é o cenário que ajuda a enquadrar a urgência da resposta aos desafios levantados pelas alterações climáticas, em particular numa zona do país especialmente afetada por longos e intensos períodos de seca.

Apesar das estimativas, Carlos Pinto de Sá, presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC), não tem dúvidas de que será possível ultrapassar estes obstáculos. Para isso, porém, é preciso ação. “Em Portugal não nos faltam diagnósticos, o problema está na concretização”, considerou, esta sexta-feira, durante uma conferência promovida em Évora.

O também autarca da capital de distrito foi um entre mais de uma dezena de oradores que participaram no encerramento do Adapta.Local.CIMAC, uma iniciativa desenhada para criar Planos Municipais de Adaptação às Alterações Climáticas em 14 concelhos do Alentejo Central. “Os desafios são grandes para o poder local, daí a importância destes planos de ação”, disse ainda Pinto de Sá. Além de preparar a região para os efeitos das mudanças do clima com documentos que identificam áreas de ação prioritária em cada município, o projeto financiado pelos EEA Grants promoveu a capacitação dos recursos humanos das autarquias e sessões de sensibilização com a população.

Numa análise do IDN sobre os desafios dos municípios na adaptação às mudanças climáticas, Rudnicka aponta a dificuldade de “contar com instrumentos financeiros e subsídios” para apoiar o trabalho, bem como a falta de recursos humanos disponíveis para realizar a tarefa. “As cidades menores, em particular, precisam de apoio com conhecimento e orientação”, observou. Precisamente no que diz respeito à formação de técnicos e agentes políticos, o projeto conta também com a assessoria do CEDRU – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Regional e Urbano. “Cada cidade desenvolveu uma estratégia de adaptação e um plano de ação, que identifica as atividades que precisam ser implementadas até o final da década”, explicou o presidente Sergio Barroso. Doze eventos também foram organizados, incluindo webinars e workshops.

 

 

Fonte: Diário de Notícias

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