Decorreu esta sexta-feira, dia 9 de junho, pelas 18:00h, a inauguração da II Feira de Inspiração Renascentista de Vila Viçosa.
Sob a temática do Foral Novo, entregue por D. Manuel em 1512, serão três dias cheios de recriações, atividades, espetáculos de fogo, gastronomia, artesanato e muito mais.
A Rádio Campanário esteve presente e falou com Maria de Jesus Monge, da Fundação da Casa de Bragança, sobre a inauguração da II Feira de Inspiração Renascentista de Vila Viçosa.
Uma iniciativa realizada através da colaboração entre a Fundação da Casa de Bragança e o Município de Vila Viçosa que nos transporta para o passado e para aquilo que foi a Época Renascentista e para a sua importância na história da Princesa do Alentejo.
Em declarações à nossa redação, Maria de Jesus Monge começou por referir que “é a época de maior brilho, poderemos dizer, de Vila Viçosa justamente no século XVI/ século XVII, período em que os Duques aqui viviam e em que, não só a sua corte como todos aqueles que os visitavam e vinham de longe como nós sabemos para os visitar davam um brilho muito particular a esta terra, de tal forma que muitos dos edifícios que chegaram até nós viram muito do que aconteceram. Voltar a habitar estes espaços com alguma coisa que invoque esse tempo é sempre interessante.”
Questionada sobre como é olhar para um espaço que normalmente está vazio e nestes dias está repleto de pessoas, até porque muitas aproveitam para vir conhecer e visitar o museu situado no castelo, a representante da fundação referiu que “acaba por fazer parte desta mesma memória, evidentemente que as pessoas vêm aqui também para comer, beber, para se divertir, mas obviamente que a fruição cultural faz parte exatamente desse divertimento e é verdade que temos tido pessoas que vão visitar quer aqui o castelo quer o palácio e fazem perguntas e perguntam sobre o horário e o que vai acontecer, portanto sim, é uma boa forma de dinamizar estes fins-de-semana, tem sido sempre escolhido o fim-de-semana prolongado portanto acaba por ser também uma boa forma para chamar os que vêm de longe.
Questionada se relembrar e preservar as memórias do passado é uma forma de acautelar que temos futuro, Maria de Jesus Monge referiu que “sem conhecimento não há a vontade de preservar só se quer conservar o que se conhece, portanto desenvolver essas memórias e não só devolver aos que aqui estão memórias que às vezes são esquecidas mas também mostrar aos que vêm de fora aquilo que fez esta terra ser o que é, para o manter, naturalmente, o que tem de ser feito, é criar condições para voltar a repetir momentos de encontro.”