A Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano, em nota enviada à nossa redação, veio manifestar o seu total apoio e solidariedade com os objectivos da luta da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (C.G.T.P.-I.N.), marcada para o próximo dia 28 de Junho em todo o País, inclusive no Hospital do Litoral Alentejano, nesse mesmo dia às 13:00, com uma acção de representantes das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano, do Sindicato dos Médicos da Zona Sul e também do Sindicato da Função Pública.
Na nota enviada pode ler-se que as Comissões de Utentes do Litoral Alentejano, estão totalmente solidárias com os Enfermeiros em Greve, convocada para os dias 28 e 30 de Junho, apelamos a que todos os Enfermeiros adiram à Greve e informamos os Utentes que compreendam, porque esta luta é por um melhor Serviço Nacional de Saúde.
As Comissões de Utentes do Litoral Alentejano têm informado e têm chamado à atenção do Governo/Ministério da Saúde para a falta de Profissionais de Saúde, nomeadamente Médicos, Enfermeiros, Auxiliares, Administrativos, entre outros Profissionais, bem como as longas listas de espera para a realização de exames, consultas, cirurgias e a falta de equipamentos na Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano.
Os Utentes do Serviço Nacional de Saúde do Litoral Alentejano têm MUITAS DIFICULDADES, a saber:
– Cerca de 20.000 Utentes não têm Médico de Família;
– 100.000 Utentes não tem a valência de Enfermeiro de Família;
– Falta cerca de 100 Enfermeiros em toda a Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano;
– Há Extensões de Saúde onde o Médico só se desloca 1 vez por mês;
– Há Extensões de Saúde que estão degradadas e com promessas de novas instalações há muitos anos;
– Há apenas 1 Médico nas seguintes Especialidades de Cardiologia, Ginecologia e Neurologia no Hospital do Litoral Alentejano, para mais de 100.000 Habitantes;
– Os Tempos Máximos de Resposta Garantidos (Tempos de Espera) nas diversas Especialidades estão muito atrasados, como por exemplo a Cirurgia de Otorrinolaringologia com cerca de 500 dias de espera;
– Uma vez que muito se tem falado nas Maternidades encerradas por todo o País, a Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, é a única U.L.S. do País que não tem Maternidade, e que já tem acontecido casos graves com as Parturientes.