Junho despede-se com calor mas julho promete ser um mês mais quente do que o habitual.
De acordo com o mapa concebido pela Meteored, prevê-se um julho mais quente do que o habitual, mas sem atingir os valores extremos do ano passado. A temperatura máxima poderá situar-se entre 0,5 ºC e 1 ºC acima da média climatológica de referência (anomalia térmica positiva) em grande parte da geografia do Continente.
Mesmo assim, prevê-se uma anomalia térmica positiva ligeiramente maior – entre 1 ºC e 1,5 ºC – para as regiões do país correspondentes à parte mais setentrional do distrito de Viana do Castelo, ao Nordeste Transmontano, a pequenas áreas dos distritos de Viseu e Vila Real, à faixa do litoral entre o Porto e Melides (distrito de Setúbal) e à totalidade ou quase totalidade do Alentejo e dos distritos de Lisboa e Santarém. Apesar de não estar previsto calor tão extremo como em julho de 2022, a ocorrência de uma onda de calor não está descartada.
No comunicado enviado à nossa redação, a nota dá conta que nas últimas atualizações do nosso modelo de confiança começou-se a desenhar a possibilidade da formação de um bloqueio anticiclónico em redor da Escandinávia, o que resultaria num padrão meteorológico semelhante ao da segunda quinzena de maio e primeiras semanas de junho, com os efeitos que todos recordamos. Até agora, este verão, tem tido uma atmosfera muito dinâmica, com um padrão que se distingue do de verões anteriores (para já).
Com uma maior dinâmica dos centros de ação, as ondas de calor não costumam ser tão duradouras e, além disto, podem surgir outras situações meteorológicas. De facto, há algumas previsões a longo prazo que projetam a possibilidade do estabelecimento das altas pressões em redor da área Islândia-Escandinávia. Neste sentido, descargas de ar frio poderão baixar até à nossa latitude. No entanto, realce-se que os modelos de curto prazo projetam outros cenários, mais típicos desta altura do ano.
Não se descarta a ocorrência de episódios de chuva e trovoada em julho
Julho é um dos meses mais secos do ano em Portugal continental. Contudo, este mês também é famoso pelas trovoadas de verão – fortes nalgumas regiões do país – e às quais está associado o temido e catastrófico granizo por causa da destruição que acarreta para muitas culturas agrícolas. Mas, de momento, no que diz respeito à chuva, o nosso modelo de referência não vislumbra anomalias significativas para o mês de julho.
Fonte: Meteored