Após esgotar a edição de 2022, o festival EALIVE ÉVORA está de volta ao cenário das vinhas da Adega da Cartuxa, este ano terá o formato de dois fins-de-semana, nos dias 14, 15, 21 e 22 de julho, esta edição conta com a presença de Rui Veloso Trio, Os Quatro e Meia, Resistência e Ana Moura. Rui Veloso Trio trouxeram como convidado especial Vitorino.
Em entrevista com Vitorino, também conhecido carinhosamente por Vítor pelo seu amigo Rui Veloso, revelam-se detalhes de uma amizade de longa data e uma ligação especial que ambos têm com a cidade de Évora.
Vitorino, conhecido pela sua amizade próxima com o cantor Rui Veloso, brincou sobre o apelido que este último lhe deu, “ele chama-me vitório, mas isso deve ser porque ele tem preguiça de pronunciar o meu nome.”
A amizade entre Vitorino e Rui Veloso remonta a muitas décadas e é fundamentada na cumplicidade e ética musical partilhada. Ressalta a admiração que tem pela habilidade de Rui Veloso como compositor, “considero que ele é um compositor excelente”
O regresso de Vitorino a Évora traz consigo uma onda de emoções, já que esta cidade desempenhou um papel importante na sua vida, “voltar a Évora para mim é sempre uma comoção, porque andei por aqui também quando era estudante, e Évora foi uma cidade que me formou também.” partilhou o músico.
Enquanto recorda os tempos de juventude, Vitorino revela um episódio especial que marcou a sua carreira musical, “foi aqui que compus a minha primeira canção. Ainda andava em Évora a estudar, chama-se Mariana à janela e tem um texto do Francisco Martins Ramos, que era professor na Universidade de Évora e que criou um pelouro na Universidade de Évora de Turismo e éramos muito amigos quando éramos aqui adolescentes tardios e fizemos essa canção maravilhosa, uma Mariana que adorávamos os dois e era uma espécie de namorada distante dos dois.”
A participação de Vitorino num festival em Évora ganha um significado especial pela presença do seu amigo Rui Veloso, “este festival é especial sobretudo porque estou com o meu querido amigo Rui Veloso, nós ficámos mais próximos depois com a música Rio Grande, mas somos amigos desde que ele era miúdo, conhecemo-nos em Lisboa, ele chegou a Lisboa e ficou logo nosso amigo para sempre.”
Évora tem um lugar especial no coração deste músico, pois foi um marco importante na sua jornada pessoal e musical, “Évora era uma cidade mítica para mim quando eu era pequenino, quando estava no Redondo, para ir a Évora tinha que me meter na camioneta da carreira, já era outro horizonte, já era outro mundo e tudo isso de repente me vem à memória quando venho a Évora, mas eu homenageio Évora nas coisas que faço.”