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Médicos vão fazer greve nacional de três dias a partir de terça-feira

Rui Duarte Silva / Expresso

Os médicos vão iniciar na próxima terça-feira, dia 25 de julho, uma greve nacional de três dias mas, para além desta greve, as paralisações no setor da saúde vão cotinuar nas próximas semanas, com a greve a estender-se também a enfermeiros e farmacêuticos.

A greve, convocada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM), vai decorrer entre terça e quinta-feira, 25 e 27 de julho, e tem como propósito forçar o Governo a apresentar uma proposta concreta de revisão da grelha salarial, no âmbito das negociações que se iniciaram ainda em 2022.

Segundo a Lusa, também convocada pelo SIM, amanhã tem incício uma grevede um mês ao trabalho extraordinário dos médicos de família, que o sindicato reconhece que vai afetar “muitas dezenas de milhar de consultas” nos centros de saúde.

De acordo com a Lusa, após negociações que tiveram lugar esta sexta-feira, Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do sindicato, acusou o Ministério da Saúde de “não apresentar os documentos negociais” e garantiu que só vai à próxima reunião se receber as propostas do Governo antecipadamente.

Os protestos na área da saúde prosseguem nos dias 1 e 2 de agosto, com nova greve convocada pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM), a segunda no espaço de um mês, uma vez que já havia sido realizada uma greve por parte da FNAM nos dias 5 e 6 de julho, que contou uma adesão de 90%.

A contestação na saúde estende-se também aos farmacêuticos, do Serviço Nacional de Saúde, na qual o sindicato já emitiu o pré-aviso para paralisações que se prolongarão até setembro, no âmbito de obter uma “negociação séria” com o Governo.

Esta ronda de greves inicia-se na segunda-feira, com a paralisação dos farmacêuticos em todo o país, prosseguindo em 05 de setembro nos distritos de Beja, Évora, Faro, Lisboa, Portalegre, Santarém e Setúbal e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

Para 12 de setembro está marcada greve em Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo, Vila Real, Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu, terminando o protesto em 19 setembro com mais uma greve de âmbito nacional.

O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) decidiu também avançar para a grave de 1 a 4 de agosto na Área Metropolitana de Lisboa, depois de a negociação que decorreu recentemente com o Governo sobre a revisão da carreira ter sido “inconclusiva”.

O protesto dos enfeiros vai abranger 18 concelhos da Área metropolitana de Lisboa e vai decorrer entre a meia noite de dia 1 de agosto e as 24h de dia 4 de agosto.

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