Uma vinha da Casa Relvas, em São Miguel de Machede, no concelho de Évora, está a ser regada com recurso à reutilização das águas residuais da estação de tratamento da adega e da aldeia vizinha, um projeto inovador que prevê poupar 20 mil metros cúbicos de água potável por ano.
Segundo Alexandre Relvas, empresário vitivinícola, em declarações à RTP, referiu que“é um projeto pioneiro de reciclagem de água, não só da adega, mas de toda a aldeia de São Miguel de Machede, em que a água tratada e pronta a reutilizar é entregue numa das barragens da Casa Relvas”.
É a partir desta água reciclada que se regam os 11 hectares da propriedade. Segundo a notícia avançada pela RTP, o projeto foi criado entre a Casa Relvas, em conjunto com as Águas do Alentejo e permite fechar o ciclo da água.
“Em termos económicos foi um investimento muito grande, é um investimento que é obrigatório a industria ter. Em termos ambientais acreditamos que estamos a fazer ‘recircular’ um bem muito escasso”, adiantou Alexandre Relvas à RTP.
O objetivo foi reduzir a água necessária por cada litro de vinho engarrafado, tendo a adega começado com cinco litros.
De acordo com a RTP, na Casa Relvas são produzidas sete milhões de garrafas de vinho por ano e, no que toca à sustentabilidade, poupar 20 mil metros cúbicos de água é um dos objetivos da adega.
Segundo o empresário “no ano passado fizemos um estudo sobre o carbono, no qual chegámos à conclusão de que a Casa Relvas é neutra em carbono e, neste momento, estamos a fazer um estudo da biodiversidade nas nossas propriedades de modo a percebermos as melhorias que podemos ter num futuro próximo”.
Fonte: RTP