Como mandava a tradição, por norma, os vinhos feitos em talhas, quer brancos ou tintos, bebiam-se novos, a partir do momento em que eram “abertas” as talhas, na altura de S. Martinho.
Segundo a Grandes Escolhas, foi feita na Sovibor – Sociedade de Vinhos de Borba, uma prova de vinhos feitos em talha, de 2016. que se revelou ser extremamente curiosa e didáctica. Experiências feitas por Fernando Tavares, mostram que o vinho de talha tem capacidade para evoluir em garrafa quando são bem-feitos; e também que nem todas as castas se adaptam bem à vinificação em talha.
Nesta prova de vinhos, os intervenientes começaram pelo Mamoré da Talha branco 2016, um blend de castas típicas da região – Antão Vaz, Rabo de Ovelha e Tamarez. Este vinho, segundo a Grandes Escolhas, apresenta uma cor ambar, com aroma a citrinos e notas florais de pólen, maçã, marmelo e ervas aromáticas. Trata-se de um vinho seco, fresco e com salinidade.
O 2018 da mesma vinha apresentou uma acidez mais pronunciada, com aroma a nêspra e marmelo, citrinos, alperce e pêssego e trata-se de um vinho com grande textura e amplitude.
Outro dos vinhos brancos que se destacou nesta prova foi o Talha da Rita 2018, feito maioritariamente de Antão Vaz da vinha velha de sequeiro com 10% de Arinto de uma vinha com 25 anos. Um vinho mais resinos, de cor dourada e que revela notas de marmelo e ananás salgado.
No que toca aos tintos, o primeiro a ser provado foi o Petroleiro, um palhete da talha. Às castas tintas da tal vinha velha com Trincadeira, Moreto, Carignan e Castelão juntam-se 30% de castas brancas de Antão Vaz e Rabo de Ovelha. O Petroleiro de 2016 uma cor atijolada, com aroma a morango e flores. O de 2018 apresenta um aroma mais intenso e balsâmico, com notas de carne e ervas aromáticas.
Seguiram-se os blend de castas tintas e monovarietais também feitos em talha, que foram parte de uma experiência inicial para aprender como as diferentes castas se comportam neste processo de vinificação.
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