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“Este livro retrata a época do 25 de abril e também um pouco da minha adolescência” diz Lança de Carvalho (c/som e fotos)

Decorreu ontem à noite, pelas 21:30h, no Fórum Cultural Transfronteiriço de Alandroal, o lançamento do livro “Um Anjo na Boca do Inferno” da autoria de António Lança de Carvalho.

Apesar de não ser natural do Concelho de Alandroal, António Lança de Carvalho é Alentejano e reside no concelho há vários anos e, de modo a lançar o seu primeiro livro, resolveu unir-se ao Município de Alandroal para o fazer, de modo a proporcionar uma proximidade maior às gentes de Alandroal e partilhar o seu trabalho junto da comunidade onde reside.

A Rádio Campanário esteve presente no lançamento do livro e falou com António Lança de Carvalho, autor do mesmo, que em declarações à nossa redação nos falou um pouco sobre o seu primeiro trabalho e também sobre projetos futuros.

António Lança de Carvalho, no que diz respeito ao livro, começou por referir que “o livro passa-se em duas épocas, uma delas ainda antes do 25 de abril, e são três adolescentes que se encontram num meio escolar, e com todas aquelas histórias da repressão, e eles voltam a cruzar-se cerca de 15 anos depois. Depois existe um desenvolvimento, mas basicamente é este triângulo com estas três personagens”.

O autor desenvolveu, ao longo da sua vida, um currículo imenso. Foi servente de pedreiro, trabalhou como tradutor, foi locutor de rádio, estudou Direito e, o grande destaque da sua carreira profissional passou pelo controlo de tráfego aéreo. Questionado do porquê de, depois de tantos trabalhos desenvolvidos, resolveu investir na literatura, António Lança de Carvalho referiu que “esta época interessa-me porque corresponde também à minha adolescência e depois também à minha idade adulta e fiquei à espera que alguém mais habilitado escrevesse sobre esta época. Às duas por três pensei que nunca mais aparece nada sobre esta época, então, se ninguém escreve, escrevo eu. Foi mais ou menos este o raciocínio”.

“Este é o primeiro livro que lanço e é o primeiro na área da ficção. Mas fica já aqui a ‘ameaça’ que já estou escrever um segundo livro. Este segundo livro não é tão ficcional assim, mas preenche aquele espaço de tempo entre os dois períodos, que são cobertos por este primeiro, mas é um livro mais autobiográfico, é a minha experiência durante esses anos todos”, finalizou o autor.

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