Um dos temas que tem estado na ordem do dia, por todo o território nacional, é a questão da vespa-asiática.
São já conhecidos diversos casos espalhados por todo o país e, no Alentejo, houve também já vários avistamentos de ninhos desta espécie invasora na linha de Évora.
Em entrevista à Rádio Campanário, Olga Martins, vogal do Conselho Diretivo do ICNF do Alentejo, falou-nos sobre o ponto de situação no que toca ao Alentejo.
Olga Martins começou por referir que “a vespa velutina, já está em Portugal desde 2011 e, embora tenha entrado em Viana do Castelo, ela tem-se espalhado por todo o país e, só ainda não foram avistados ninhos nos distritos de Beja e Faro. Posso dizer que, em todo o país, o relatório que temos, até junho deste ano, já foram avistados mais de 91 mil ninhos”.
No que toca ao distrito de Évora, “foram avistados um total de 22 ninhos, tendo sido eles observados e destruídos”. No que diz respeito ao distrito de Portalegre, “foram observados um total de 363 ninhos”. Estes números contabilizam assim um total de 385 ninhos de vespa-asiática.
De modo a combater esta situação, a vogal do Conselho Diretivo do ICNF do Alentejo referiu que “sempre que os ninhos são identificados, a recomendação principal a dar a todas as pessoas é que não se aproximem nem tentem destruir o ninho e, mesmo que tenham dúvidas se é de vespa-asiática ou não, o melhor a fazer é contactar o Município, ou a Linha SOS Ambiente, mas há entidades que estão habilitadas para ir identificar o ninho e destruí-lo. Tentar destruí-lo é um risco muito grande para quem o fizer e não é, de todo, recomendado. Aquilo que nós fazemos é simplesmente destruir os ninhos que são identificados e, estas vespas, além do risco para a segurança pública, têm também um risco económico. Como são carnívoras, são predadoras de outras abelhas e, por isso, vão atacar as colmeias, o que traz impactos negativos para a apicultura”.
Em caso de avistamento, pode transmitir o contacto através do site stopvespa.icnf.pt e, caso não tenha acesso ao site, pode sempre contactar as juntas de freguesia e municípios, bem como os gabinetes técnicos florestais.
“Esta espécie pode mesmo provocar a morte se houver alguma reação alérgica à picada da vespa, não é todas as pessoas que possam ser picadas que têm risco de vida, mas se, a pessoa tiver alguma alergia, aí o risco é potenciado porque a picada é violenta”, finalizou.