Decorreu hoje, pelas 18h, no Centro Cultural de Redondo, a inauguração da exposição ““O Abastecimento de Águas Cristalinas da Serra D’ Ossa à Vila de Redondo (24 de fevereiro de 1893 – 30 de agosto de 1903”, sobre os 120 de água canalizada no concelho de Redondo, numa parceria realizada entre o Município de Redondo e a Terras D’ Ossa, ADL.
Em entrevista à Rádio Campanário sobre a celebração, David Galego referiu que a Serra D’Ossa tem muitas valências e que, uma delas, é o fornecimento de água em períodos mais críticos.
À margem do evento, o presidente do Município de Redondo foi questionado quanto à Barragem da Vigia ser também um grande reservatório de água e que pode servir o concelho em alturas mais delicadas como períodos de seca.
Em declarações à nossa redação, o presidente da autarquia de Redondo referiu que “de facto, é um reservatório, mas que é insuficiente para o nosso concelho. Naturalmente que a gestão é da Associação de Beneficiários da Obra da Vigia, todos os anos reunimos com eles, para perceber como evolui a capacidade do reservatório, porque temos que garantir e temos garantido sempre o abastecimento público, mas a Barragem da Vigia é uma preocupação de todos nós, autarcas, e temos feito esse passar de mensagem, que é muito relevante para que o bloco de rega de Reguengos possa avançar. Não falamos só do abastecimento público, falamos também da economia local e da agricultura, que nos últimos anos, não tem conseguido regar aquilo que são as necessidades para os recursos de produção agrícola, não temos o hidrante necessário para aquilo que é a produção agrícola que queremos ter no concelho, para não falar que precisávamos de ter a capacidade de trazer a água, ainda mais até ao concelho de Redondo. Esses sistemas já foram falados estão em cima da mesa, sabemos que é um passo dado de cada vez, mas o primeiro passo está a demorar bastante, temos feito essa pressão junto do Governo, voltei a fazê-lo junto da Sta. Ministra e começa a ser preocupante que o bloco de rega de Reguengos não avance, porque já passaram muitos anos desde que foi anunciado, a escassez de água é cada vez maior e, os últimos anos têm-nos mostrado que, a qualquer momento, podemos ter dificuldades e, o caudal que chega da Barragem de Alqueva até à Barragem da Vigia, durante o ano, é exatamente o mesmo que é necessário para consumo humano.”
“Num ano de seca extrema não podemos regar, não podemos ter agricultura e isso, para nós, é muito preocupante, porque estamos a falar de algo fundamental para o nosso território, a agricultura é o nosso principal setor de atividade e, naturalmente, o Governo tem que fazer avançar esse processo, porque os autarcas já começam a ficar muito impacientes com essa situação”, acrescentou.
