Decorreu ontem, dia 30 de agosto, pelas 21h, a inauguração da Feira da Luz/ExpoMor 2023, em Montemor-o-Novo, no Parque de Feiras e Exposições de Montemor-o-Novo, Feira esta que decorre até ao próximo dia 4 de setembro, organizada pelo Município de Montemor-o-Novo em conjunto com a APORMOR.
A Rádio Campanário esteve presente e falou com Olímpio Galvão, presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, sobre a inauguração do certame.
Questionado do sentimento por inaugurar mais um certame de grande relevância no Alentejo, Olímpio Galvão referiu que “esta união entre o Município e a APORMOR, já houve tempos antigos em que teve uma má relação e que, as coisas não estavam bem entre o ‘casal’ mas, não faz sentido haver Feira da Luz sem ExpoMor, e vice-versa. Eu acho que, à boa vontade de ambas as partes, nomeadamente da APORMOR, de vir a chamar apenas de Feira da Luz, que é o que vem desde o século XV, e a tradição é essa, é ser Feira da Luz, por isso, são duas organizações que estão de parabéns por este entendimento, e a APORMOR com uma grande dinâmica no território. Não nos esqueçamos que Montemor-o-Novo é uma terra de agropecuária, uma terra predominantemente agrícola, e temos aqui a maior mostra de gado do país, com garante de escoamento do produto de todos os produtores, a bom preço, e que também faz parte da dinâmica económica do concelho e, o Município está de braço dado com a APORMOR e a APORMOR precisa do município também para esta divulgação, para este apoio ao protocolo estabelecido, que foi este ano aumentado em mais cinco mil euros, são 35 mil euros por parte do município à APORMOR para ter o garante de as suas instalações estarem nas devidas condições para este evento, e mais, todo um conjunto de meios materiais que não são valorizados, mas que são importantes para que o evento tenha o sucesso que tem nesta altura e em que acreditamos que vão ser seis dias de grande expressão territorial, de grande expressão do que é ser montemorense, do que é ser alentejano e, toda a gente devia vira a Montemor para ver esta dinâmica que aqui encontramos”.
Questionado sobre o investimento do evento, o presidente da autarquia de Montemor referiu que “o investimento ronda sempre um milhão de euros. Houve uma tentativa de poupança mas, todos os custos aumentaram, todos os custos relacionados com a logística de produção, nomeadamente som e luz aumentaram bastante, todos os alugueres de stands e tasquinhas aumentaram cerca de 40%, por isso acho que não vamos conseguir fugir de cerca do milhão de euros de investimento no território”.
“Esta é uma montra e, nós até pensávamos que, os produtores de agropecuária, este ano, com esta falta de alimento e com a venda apressada dos reprodutores, pensávamos que não íamos ter tantos animais aqui. Mas todos querem mostrar o seu melhor, querem mostrar o seu produto, as associações fazem questão de estar presente nos seus stands, o que economicamente, para as associações, já não é rentável, porque antes mostravam aqui o seu negócio e conseguiam alguma receita financeira para a sua atividade, nesta altura, financeiramente, isso não é rentável, mas fazem questão de estar na Feira da Luz, de mostrarem o orgulho pelo seu trabalho diário, e a sua importância para a sociedade montemorense. É uma grande mostra do orgulho que é ser de Montemor, que é ser alentejano, e trabalhar para o desenvolvimento deste concelho”, acrescentou.
Questionado se, este ano ouviu novamente a população no que toca à programação do certame, tal como fez no ano passado, o edil referiu que “a programação tem que ser ponderada também a nível orçamental, mas o que é facto, é que, é impossível agradar a toda a gente. Como sabem, sou músico e, para mim, o melhor concerto de sempre na Feira da Luz foi em 2017, da Maira Andrade com a Orquestra de Jazz de Matozinhos, foi o melhor de sempre, e estavam cerca de 50 a 60 pessoas a ver, foi um concerto caríssimo e estava cá pouca gente a ver. Temos que ponderar, tentar agradar a públicos mais jovens, menos jovens e, eu acho que conseguimos fazer isso e temos aqui grandes concertos de artistas nacionais, claro que há de sempre haver alguém que diz que não gosta de um concerto ou de outro, mas temos artistas de renome nacional a puxarem, e que tem lotado concertos por todo o país e que, acredito que, aqui em Montemor-o-Novo, vai lotar também. No ano passado tivemos cerca de 112 mil entradas na Feira, o que foi muito bom, e espero que este ano a meteorologia ajude também e que tenhamos um número parecido com esse”.
Quanto à visita do Festival Sete Sóis Sete Luas poder reforçar a programação do evento, Olímpio Galvão referiu que “no ano passado também houve. Houve um espetáculo de fogo antes dos concertos desse mesmo festival, a dinâmica desse festival foi retomada no ano passado e, este ano, vamos ter aqui também novamente mas, a novidade, é das associações montemorenses terem o Palco Mostras e mostrarem aquilo que têm feito para merecer a confiança do Governo e também do Município. Vai ser uma novidade, um palco de final de tarde muito agradável, e que vem complementar a oferta cultural que o concelho de Montemor já tem”.