Um estudo europeu, que envolveu 12 países, apontou Portugal como o país com a maior concentração tóxica de glifosato em cursos de água doce.
Segundo o Notícias ao Minuto, o estudo realizado pela Pesticide Action Network e pelo Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia, no Parlamento Europeu, recolheu amostras de água doce de 12 países da União Europeia, incluidos no estudo após o período da campanha agrícola, em outubro de 2022, tendo estas amostras sido recolhidas em rios, ribeiras e lagos.
No que diz respeito ao nosso país, as amostras foram recolhidas no rio Douro, na Herdade da Fonte Insonsa, em Idanha-a-Nova, e na Albufeira da Barragem do Roxo. O estudo foi hoje revelado pela Plataforma Transgénicos Fora, organização que fez a recolha das amostras em Portugal, onde, a par de Áustria, Espanha e Polónia, foram detetadas concentrações de glifosato consideradas tóxicas para o consumo humano.
De acordo com o Notícias ao Minuto, uma das amostras portuguesas, recolhida em Idanha-a-Nova, continha 3 microgramas/litro. Quer isto dizer que continha 30 vezes mais que o limite legal, tendo sido a mais elevada concentração de glifosato detetada nas amostras analisadas no estudo. O limite para a presença glifosato na água potável é de 0,1 microgramas/litro.
O estudo recomenda ainda a não-renovação da licença de comercialização de glifosato na UE e o fim gradual do uso de produtos à base desta substância, devido à redução de qualidade das águas através da sua utilização.
O Notícias ao Minuto refere ainda que, a Plataforma Transgénicos Fora salienta que a Comissão Europeia pretende renovar a utilização do glifosato, prevendo-se que a proposta seja votada em meados de outubro deste ano.
O glifosato é produto tóxico, normalmente utilizado em culturas de arroz, café, cana-de-açúcar, milho, pastagem, soja, sorgo e trigo, e já é proíbido em vários países da União Europeia, como é o caso da Dinamarca, Suécia e Noruega.
Fonte: Notícias ao Minuto
