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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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320.000 pessoas querem trabalhar em Portugal: Há atrasos nos vistos, residência e habitação, Diz Pres. AHRESP(c/som)

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) realizou A JORNADA REGIONAL DO ALENTEJO, no Parque de Feiras e Exposições de Estremoz. Sobre o tema “Restauração e Alojamento Turístico: que importância para o território?”. A iniciativa tem o apoio da Câmara Municipal de Estremoz que contou com a presença, na sessão de abertura, de Carlos Moura, Presidente da Direção da AHRESP, José Daniel Sádio, Presidente da Câmara Municipal de Estremoz, José Manuel Santos, Presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo e, na sessão de encerramento, com a participação da Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.

A Rádio Campanário esteve presente, e falou com Carlos Moura, Presidente da Direção da AHRESP que nos adiantou (….)Estas jornadas regionais nós fazemos ao longo do ano e este formato tem que ver com a distribuição do país e NUTS. Escolhemos Estremoz, onde nunca tínhamos feito este evento. sempre correndo algum risco, mas neste caso está a ser um sucesso pleno, tivemos que infelizmente limitar inscrições porque há mais de 200 pessoas em sala.

Estamos a discutir temas regionais, mas também não dispensando a abordagem de preocupações nacionais- Eu faço parte do Conselho Executivo da entidade Regional de Turismo do Alentejo e do Ribatejo.

Porquê? Porque o Alentejo é uma região riquíssima que está a revelar uma capacidade de atração muito grande, tem crescido bastante, tem muita coisa diferenciada para oferecer, tem as zonas verdes, tem gastronomia, tem vinhos, tem património cultural, monumentos, música, mas precisa de crescer ainda mais.

E há condições para isso, porque há gente que quer investir, no território, que abrir novos hotéis, quer abrir restaurantes.

Contudo temos um problema, que não está resolvido e começa a ser um sério problema, a questão da oferta de trabalho. Em 2015, dados estatísticos estavam registados na segurança social, 120.000 imigrantes neste momento estão 600.000. E não houve nenhum problema, mas mesmo assim são insuficientes e as empresas continuam a não ter pessoas para trabalhar.

Acrescentando (…) Não só no Alentejo como em todo o território nacional, mas falando do Alentejo, nós propusemos a Senhora Ministra do Trabalho uma solução articulada, adiantando que, o IEFP, vai estar presente em 4 países. Cabo Verde, Marrocos, Timor e Índia com os seus emissários, para ajudarem o recrutamento local.

Carlos Moura adianta ainda, (…) Que a emissão de vistos é também uma das grandes barreiras, os nossos consulados às vezes têm dificuldades, são lentos na emissão de vistos.

Nós ouvimos já aqui hoje, O diretor regional do IEFP dizer que há 320.000 pessoas que manifestam interesse em vir para Portugal. Porque é que não vieram ainda? Primeiro a barreira na emissão de vistos, segundo a autorização de residência por via do SEF.. Portanto são pontos críticos, e fundamentais na resolução do problema.

A AHRESP tem dado mostras da capacidade de organizar a oferta de trabalho, isto é, falando com os seus associados, falando com o tecido empresarial de cada um dos 308 concelhos com quem falamos, quase todos dizem, nós temos 50.000 postos de trabalho para preencher garantidamente!

Mas há um quarto ponto muito importante o problema da habitação, temos falado com Presidentes de Câmaras sensibilizando os para esta questão. Há equipamentos, a edifícios, camarários, a edifícios das forças de segurança, PSP, GNR, que podem ser adaptados. Não é um apartamento para cada imigrante, que isso é impossível. Nós temos um problema de habitação também para os nativos, para os que nasceram em Portugal. Agora há condições de, com dignidade, alojar essa gente durante um período de 3 meses, 6 meses, um ano para que depois possam arranjar a sua habitação própria. Esse é um conjunto de ações tem que, estar articulado; senão o problema não se resolve.

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