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Cidade de Elvas já tem Plano de Desenvolvimento e Dinamização do Património da Humanidade e contempla a criação do Centro Interpretativo do Aqueduto da Amoreira (c/som e fotos)

A Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo desenvolveu em parceria com as Câmaras Municipais de Évora e Elvas, o “Plano Operacional de Suporte ao Desenvolvimento e Dinamização do Produto Património da Humanidade no Alentejo”.

O projeto foi analisado e apresentado no dia 16 de junho em Évora e no dia seguinte, 17 de junho na cidade de Elvas, pelas 14h30 na Biblioteca Municipal Dra. Elsa Grilo.

Uma sessão de trabalho muito participada onde esteve o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, António Ceia da Silva, o presidente da Câmara Municipal de Elvas, Nuno Mocinha e o presidente da Assembleia Municipal de Elvas, Paulo Canhão.

As sessões de trabalho realizadas nas duas cidades pretenderam envolver as autarquias, as associações ligadas à cultura, representantes da restauração, hotelaria e animação turística, empresários e a Autoridade de Gestão Alentejo 2020, a fim de recolher contributos e debater as linhas mestras de um protejo que pretende otimizar a promoção e comercialização de um produto estratégico para o destino, em particular para as cidades de Elvas e Évora que ostentam o selo da UNESCO, mas também para manifestações culturais transversais à Região, como é o caso do Cante Alentejano.

Nuno Mocinha no ato de apresentação do projeto referiu que este é o plano que responde à questão “o que se está a fazer para promover o produto Património Mundial”, depois de feito o diagnóstico apresenta-se um plano de ação concreto, “dentro da estratégia que está pensada, com ações bem definidas e dentro daquilo que são as boas práticas”.

Em termos de ações concretas para Elvas, aponta-se a ação Caminhos de Água/Aqueduto da Amoreira, que, entre outros aspetos, pressupõe a criação do Centro Interpretativo do Aqueduto da Amoreira na Cisterna da Cidade de Elvas, Percursos urbanos: descodificar a paisagem de Elvas, com a criação do percurso islâmico e o percurso judaico, e o Corredor do Megalitismo, com passagens, após as respetivas intervenções e sinalética, pelas antas, menires e cromeleques existentes no concelho.

Entre as ações conta-se também o desenvolvimento de conteúdos digitais para um destino turístico inteligente, mediante a utilização da realidade aumentada e virtual; um Welcome Center de Elvas, a instalar na Parada do Castelo e no âmbito da recuperação de artes e ofícios tradicionais da edificação, a criação de uma Escola de Ofícios Tradicionais.

Na área dos transportes a criação de uma app móvel, recorrendo à geolocalização, para os turistas terem um rápido acesso e conhecimento da rede de transportes existente.

Destaque ainda para o Programa Turístico Património da Humanidade no Alentejo, com a criação de programas temáticos, para aumentar a estadia dos turistas ou aumentar as despesas que fazem na estadia. Um circuito, no âmbito do Heritage & Bussiness, vocacionado para o turismo de negócios, o Heritage to All, sob o mote chegar, entrar e visitar, o Heritage Open Days ou o Follow Heritage são outras das ações a promover.

À reportagem da Rádio Campanário, António Ceia da Silva referiu que existe a necessidade de “estruturar o produto turístico, há um conjunto de valências importantes no território e que nós aproveitámos ao longo destes dois anos para preparar o território para receber os turistas e para criar produto ao longo dos sete anos ao nível do equestre, do turismo náutico, do touring cultural e paisagístico, do cinegético, das redes de património, há um conjunto de planos que estão a avançar e que estarão concluídos em setembro”.

O presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo dia ainda que “dentro da lógica do que é hoje a nova tipologia de turistas que exigem cada vez mais fatores identitários do território, entendemos que temos no território um conjunto de bens classificados e tínhamos que trabalhar este produto”.

Relativamente ao facto do selo que as cidades ostentam de Património da Humanidade não estar a ser aproveitado na sua totalidade, Ceia da Silva diz que não tem dúvidas de que um turista nos dias de hoje quando procura um destino e sítios de férias, “um dos fatores que imediatamente surge em pesquisas são os locais que são Património da Humanidade e eu se estivesse situado num local certificado, faria menção e daria destaque a esse tipo de classificação”.        

Elisa Babo, administradora da Quaternaire explicou que o ponto estratégico do “Plano Operacional de Suporte ao Desenvolvimento e Dinamização do Produto Património da Humanidade no Alentejo” “é criar um novo produto associado ao Património da Humanidade que não é hoje ainda legível e um produto que valorize a relação entre as duas cidades, que as associe e perante o mercado turístico a transmita ao turista, o que é o valor universal e excecional destas duas cidades e que o faça de uma forma integrada e com valor acrescentado”.

O “Plano Operacional de Suporte ao Desenvolvimento e Dinamização do Produto Património da Humanidade no Alentejo” que deverá estar concluído em 2020 vai agora a reunião de câmara e posteriormente a reunião da Assembleia Municipal a fim de ser aprovado e só nessa altura o presidente da Câmara Municipal de Elvas, Nuno Mocinha se pronunciará. 

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