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Elvas: “Vivo de Lembranças, Morro de esquecido”, dá título à exposição sobre o Instituto de Vila Fernando, patente na Casa da Cultura (c/som e fotos)

Foi inaugurada no passado sábado, 15 de Agosto, uma exposição fotográfica sobre o Instituto de Vila Fernando, na Casa da Cultura em Elvas, organizada pela própria autarquia.

“Vivo de lembranças, Morro de esquecido” é a frase, de Luís Vaz de Camões, que dá o mote a esta exibição, e que pretende ser um grito de alerta áquilo que parece ser mais um atentado ao património.

Por decisão governamental, a casa de correção de Vila Fernando, assim designada pelos populares e que no passado acolheu jovens com problemas de integração na sociedade, foi encerrada em 2007, “ (…) foi o levar à decadência, em pouco tempo, de um património que está completamente ruído, de 1000 hectares que está completamente ao abandono”, afirmou a Vereadora da Câmara Municipal de Elvas, Vitória Branco.

Elvas, cidade Património Mundial da Unesco, na voz da Vereadora, caracteriza esta mostra como “ (…) uma chamada de atenção para que todos nós possamos fazer um pouco de pressão de forma a que se consiga que todo aquele património seja devolvido a quem de direito, que é às populações!”.

Chega a ser chocante aos olhos, e à alma, olhar para um lugar cheio de vida, mas esquecido no tempo e cujos gritos, agora abafados pelo vandalismo, foram e estão esquecidos pelas ruinas de um mausoléu botado ao abandono.

O real objetivo desta exposição fotográfica é, assim, deixar um sinal de alerta a quem pode e deve fazer algo por aquele edifício, que se degrada todos os dias, e dia após dia, cada vez mais. Nas palavras de Vitória Branco, “ (…) pode ser que alguém do governo se lembre que isto é tudo Portugal”, e tal como aconteceu há cinco anos atrás com o Forte da Graça, a autarquia ambiciona reabilitar aquele espaço, dando-lhe uma nova vida e engrandecendo o espaço.

A exposição coletiva de fotografia contou com os trabalhos de diversos fotógrafos, sendo que um deles, Rui São Pedro, em declarações à Rádio Campanário confessou que foi um trabalho difícil, não só pela grandeza do espaço mas também pela força de sentimentos que encerra. O artista confessou que o local “arrepia” e que é imperioso reabilita-lo, conceder-lhe a vida que já teve um dia.

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