O secretário-geral do Partido Comunista Português participou num jantar de apoio à candidatura de Edgar Silva, na vila de Redondo, na passada sexta-feira, 8 de janeiro, no Salão de Festas da Padaria Barroso. Neste convívio, que foi acompanhado pela atuação musical dos Trovadores do Redondo, estiveram presentes mais de 150 apoiantes.
O secretário-geral do partido, teceu duras critícas à União Europeia e ao canditato Marcelo Rebelo de Sousa.
A Rádio Campanário acompanhou esta ação e falou com o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, que manifestou o apoio ao candidato Edgar Silva dizendo que “é um homem que pelo seu percurso de vida na tomada de consciência social e política, percebeu que a sua causa no interesse e combate à pobreza só teria êxito e resultado num coletivo, e fez a opção pelo PCP para continuar a lutar contra as causas dessa exploração, desse empobrecimento e dessa exclusão. “
No dia em que Portugal comemorou os trinta anos da entrada na União Europeia, o secretário geral do PCP afirmou que “as comemorações foram fracas porque afinal ao longo deste trinta anos a vida deu razão ao PCP e não àqueles que falavam do paraíso que era a Comunidade Económica Europeia na altura.” Assegurou ainda que “a opção é pela independência nacional, é pela soberania sem estarmos sujeitos aos ditames das troikas estrangeiras, do diretório de potências da UE que é determinada pelos interesses do grande capital financeiro e económico.”
Jerónimo de Sousa, fala sobre os candidatos que estão na corrida para Belém atacando, Marcelo Rebelo de Sousa, revelando que “existem 10 candidatos às presidências, mas tem havido uma aparente confusão porque de repente parece que as diferenças não são muitas, parece que ao contrário de todos os atos eleitorais para a presidência da República nestes quarenta anos não existe um candidato de direita.” Refere ainda que “o candidato de direita não se assume como tal sendo que numa estratégia inteligente descobriu que identificar-se com os seus apoiantes naturais PSD e CDS é importante mas não chega, não se conta com o apoio dos derrotados.”
O secretário -geral do PCP questionando a posição do Partido Socialista nas eleições presidenciais dizendo que “Qual é a posição do PS sobre as presidênciais? Tem dois ou três candidatos da sua área mas apoia quem? Esta hesitação, esta política de lava mãos numa posição de pilates em que não se sabe em que vão votar pode levar a situações que não desejamos.”
