A alegada rede de tráfico de seres humanos que explorava imigrantes de vários países, na zona de Beja, poderá ter lucrado mais de 3 milhões de euros com a atividade ilícita.
Esta é pelo menos a convicção do Gabinete de Recuperação de Ativos da Polícia judiciária.
A PJ acredita que este lucro possa ter sido conseguido num espaço temporal de cinco anos, tendo em conta a informação reunida por este Gabinete e num cruzamento de informação com a AT, Banco de Portugal e Registos e Notariado, avança o Jornal Público.
Neste apuramento da informação, adianta a mesma fonte, foi possível constatar que os rendimentos declarados pelos arguidos neste processo são inferiores aos constantes na informação bancária.
No âmbito deste processo estão acusadas 41 pessoas pelos crimes de tráfico de seres humanos, associação criminosa e exploração de imigrantes.
Alegadamente ameaçados e agredidos, era-lhes prometido muito, mas no concreto tinham muito pouco e viviam em condições desumanas, considerou o Ministério Público , responsável pela acusação formalizada.
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