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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Universidade de Évora lidera projeto para aumentar a resiliência dos Enfermeiros.

Um projeto internacional, liderado pela Universidade de Évora e financiado com cinco milhões de euros, tem como objetivo reforçar a resiliência dos enfermeiros através de uma tecnologia virtual inovadora que recorre à realidade aumentada. Esta iniciativa foi divulgada pela Universidade de Évora esta quinta-feira.

Denominado “XR2ESILIENCE”, o projeto pretende melhorar a resiliência e a saúde mental das equipas de enfermagem tanto em Portugal como em outros cinco países europeus: Áustria, Alemanha, Croácia, Espanha e Reino Unido. Esta tecnologia de suporte ao treino de resiliência possibilita a realização de experiências imersivas e simulações realistas num ambiente seguro e controlado, prometendo ser altamente eficiente em termos temporais e económicos.

O projeto é coordenado em território nacional por Manuel Lopes e Lara Guedes de Pinho, ambos docentes do Departamento de Enfermagem da Universidade de Évora (UÉ) e investigadores do Comprehensive Health Research Centre (CHRC) da mesma instituição.

Conforme anunciado pela UÉ, o “XR2ESILIENCE” recebeu recentemente a aprovação do Horizonte Europa, o programa da União Europeia para investigação e inovação, garantindo um financiamento de cerca de cinco milhões de euros. Com esta iniciativa, os investigadores esperam melhorar significativamente a capacidade de resposta dos enfermeiros perante o stress diário a que estão sujeitos.

Este projeto representa uma estratégia abrangente para o desenvolvimento da resiliência, explorando especificamente o papel da realidade aumentada no treino dos enfermeiros. Manuel Lopes, também diretor da Escola Superior de Enfermagem S. João de Deus da UÉ, destacou a importância desta tecnologia no comunicado à imprensa.

Lara Guedes de Pinho, no comunicado, realçou que será realizado um estudo controlado randomizado para testar a eficácia desta nova metodologia no combate ao stress e na promoção da resiliência entre os enfermeiros. O projeto incluirá ainda uma avaliação económica na área da saúde, coordenada por Ricardo Rodrigues, docente do Departamento de Gestão do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), da Universidade de Lisboa.

O impacto desta iniciativa estende-se a nível europeu, contribuindo para a criação de recomendações e o fortalecimento de empregadores e legisladores, com o objetivo de tornar as instituições de saúde mais adaptadas à resiliência na enfermagem em toda a Europa. A Universidade de Évora, ao referir-se a um estudo anterior de Manuel Lopes e Lara Guedes de Pinho, salientou que este trabalho revelou níveis elevados de stress entre os enfermeiros, sendo menores naqueles que adotaram estratégias promotoras da saúde mental. A Universidade também relembrou que, recentemente, foi alertado que a maioria das vítimas de agressões registadas no último ano eram enfermeiros, sublinhando a relevância deste projeto no atual contexto da saúde.

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