O Serviço Nacional de Saúde (SNS) está a considerar recorrer ao apoio do setor social para enfrentar o desafio da escassez de médicos. A direção do SNS está a avaliar a expansão das parcerias existentes e já solicitou informações à União de Misericórdias Portuguesas, que afirmou ter capacidade para duplicar o número de vagas oferecidas. As Misericórdias, que são responsáveis por mais da metade dos cuidados continuados no país e realizam anualmente cerca de 100.000 consultas a pacientes encaminhados pelo SNS, operam através de vários acordos com o SNS.
Estas parcerias permitem que o setor social ofereça serviços a um custo inferior aos do Estado, graças a uma gestão mais flexível, especialmente em unidades menores.
A falta de recursos humanos é um problema persistente no SNS, e Fernando Araújo procura soluções, considerando a colaboração com entidades como as Misericórdias. Apesar de relutância em expandir tais parcerias no passado, a possibilidade está novamente em análise.
Manuel de Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas, em declarações à SIC, manifestou a capacidade de não apenas duplicar, mas em alguns casos, mais do que duplicar o número de consultas e cirurgias realizadas. Referiu o sucesso nas operações de mais de 800 pessoas de um total de 2000 pedidos, abrangendo regiões de norte a sul do país, incluindo o Alentejo e o Algarve.
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