Mariana Mortágua durante o jantar comício em Évora fez críticas e apresentou propostas de mudança em relação ao modelo agrícola no Alentejo, especialmente focadas na sustentabilidade, direitos dos trabalhadores e impactos ambientais.
Mortágua critica fortemente o que ela vê como os “relatos das conquistas agrícolas do Alentejo”, classificando o modelo agrícola atual como uma “irresponsabilidade, um atraso e perigoso”.
Responsabiliza, incluindo a criminalmente, os que beneficiam da exploração de trabalhadores migrantes é destacada como essencial para a justiça social. Mortágua destaca a necessidade de mudança de modelo para proteger o Alentejo e seus habitantes, apontando para a importância de condições justas e igualdade para todos os trabalhadores.
Entre as urgências do Bloco, destacam-se a paragem de novas estufas e do licenciamento de explorações superintensivas, além da necessidade de combater o abuso laboral e melhorar as condições de acolhimento dos imigrantes.
Defende ainda uma avaliação integrada de impacto ambiental e social para as atividades agrícolas aponta para uma abordagem mais holística e sustentável, juntamente com a implementação de novas regras para o uso da água e a redução do uso de pesticidas.
Mortágua defende a transição para um modelo de produção que seja tanto economicamente viável quanto sustentável a longo prazo, capaz de garantir a soberania alimentar e respeitar o meio ambiente e as comunidades locais.
A referência à “Moda da Passarada” e a constatação de que “nos campos do Alentejo já não há pássaros” simbolizam a perda de biodiversidade como consequência do modelo agrícola intensivo. Mortágua apela a um retorno a práticas que permitam a coexistência harmoniosa da agricultura com a natureza.
Foto: Sul Informação