A descrição que o Professor Vítor Rosa faz da sua exposição, intitulada “Gentes de Cá. 40 Anos Depois”, no Forum Cultural de Alandroal, revela uma abordagem artística profundamente enraizada na observação quotidiana e na interação humana. Ao longo de 40 anos, O artista tem capturado as expressões e as essências das pessoas com quem se cruza, transformando estes encontros casuais em retratos que refletem a população do Alandroal.
A sua técnica única, que começa muitas vezes com esboços feitos em toalhas de papel durante momentos tão mundanos quanto tomar um café ou almoçar, sublinha uma abordagem autêntica e espontânea à arte.
Esta exposição, além de ser uma homenagem ás pessoas do Alandroal, também se insere no contexto mais amplo do Festival do Peixe do Rio, contribuindo para a atração de visitantes e o enriquecimento cultural da região. A decisão de Vitor Rosa em remodelar a exposição semanalmente com novos trabalhos reflete um compromisso contínuo com a dinâmica da vida e a representação das suas gentes.
O uso da “borra de café” como ponto de partida para seus desenhos é particularmente interessante, pois ilustra como a inspiração artística pode surgir dos elementos mais prosaicos da vida cotidiana. Esta prática não só destaca a criatividade e adaptabilidade do artista, mas também serve como um lembrete da beleza e do potencial artístico que se encontra nos momentos e nos materiais mais simples. O especto moderno da sua arte reflete uma evolução na maneira como interagimos socialmente e como essas interações são percebidas e imortalizadas na arte.
A exposição “Gentes de Cá. 40 Anos Depois” de Vítor Rosa é, portanto, um testemunho da capacidade da arte em captar a essência humana, transformando o quotidiano em algo extraordinário a homenagem ás suas gentes através do olhar atento e sensível do artista.