Com a entrada do novo Governo, os Municípios do Alentejo mantém o foco nas suas prioridades e definem estratégias para alcançar o desenvolvimento para os seus concelhos.
Em Évora, por ocasião da inauguração da Feira do Livro que decorre até ao próximo dia 21 de abril junto ao Templo Romano, a Rádio Campanário falou com o Presidente da Câmara Municipal de Évora, Dr. Carlos Pinto de Sá, sobre as prioridades para o concelho, numa altura em que se prepara com todo o entusiasmo e rigor o facto de Évora ser Capital Europeia da Cultura em 2027.
O Autarca começou por nos referir “faz falta muita coisa mas em primeiro lugar existe a necessidade de um investimento muito forte nas questões da habitação para garantir o acesso de habitação a todos os que dela necessitam.”
Problema transversal em todo o País, Carlos Pinto de Sá define esta situação como “uma prioridade absoluta, não só de Évora, do Alentejo mas do País” considerando “é algo que tem que ter uma resposta urgente e imediata porque, apesar de estarem em curso vários investimentos, precisamos de mais .”
Para o Autarca “para ultrapassarmos o problema do acesso à habitação precisamos de garantir um investimento significativo” alertando que “não estamos a falar apenas de habitação social porque hoje nós temos muita gente que trabalha, nomeadamente com o salário mínimo ou acima dele, e que não tem condições para alugar uma casa pois não tem rendimentos suficientes para isso.”
Carlos Pinto de Sá sublinha como outra prioridade “as questões ligadas à mobilidade” congratulando-se “com o avanço da construção do IP2 para melhorar a mobilidade do Alentejo, e em particular para retirar da cidade de Évora o trânsito regional e nacional que hoje nos causa problemas graves .”
Recorde-se que para fazer face às necessidades do concelho na área da habitação, a Câmara Municipal de Évora, no âmbito da estratégia Local de Habitação, desenvolveu um plano, a concretizar até 2026, num investimento de 63 milhões de euros.
A verba , investimento ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), aposta sobretudo na reabilitação e construção de casas para famílias em situação vulnerável. Prevê-se que este Plano local de habitação vá contribuir para apoiar 184 beneficiários diretos e 32 pessoas vulneráveis, para além de reabilitar 341 habitações e construir 162 para arrendamento acessível.
As entidades beneficiárias são, para além da própria Câmara Municipal de Évora (CME), a empresa municipal Habévora, a Santa Casa da Misericórdia da cidade, a Associação Ser Mulher e o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana.