O projecto eWAsTER, liderado pelo PACT – Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia, pretende encontrar soluções que não apresentam os resíduos electrónicos como uma fonte de danos ambientais, mas sim como uma oportunidade para criar uma economia sustentável inovadora através da valorização destes resíduos.
O objectivo é promover políticas locais e regionais para uma melhor gestão de resíduos electrónicos, reduzir os danos ambientais causados por estes resíduos nas áreas seleccionadas e, simultaneamente, promover modelos de negócio inovadores baseados na conversão do sector eléctrico e electrónico (E&E), actualmente linear, num modelo circular sustentável.
Explica o gestor de projectos do eWAsTER, Ricardo Sobral, em declarações à Rádio Campanário, que “o PACT é único parceiro de Portugal, depois estamos a trabalhar com mais 10 entidades espalhadas pela área mediterrânica, de oito países diferentes, entre os quais Espanha, Itália, Chipre, Grécia, Bulgária e Eslovénia”, além da Bósnia e Herzegovina.
“Temos muita sorte por estarmos a trabalhar com entidades já muito experientes em cooperação internacional e contarmos com a ajuda delas e com a experiência que todas ela já têm em gestão de resíduos. Isto a trabalhar no sentido de criar uma metodologia unificada para toda a área mediterrânica para a gestão de resíduos electrónicos”, acrescentou aquele responsável à Rádio Campanário, hoje, 29 de Abril, durante a inauguração das novas Salas Imersivas do PACT — o Gaming inPACT —, em Évora.
Por outro lado, Ricardo Sobral acrescentou que tudo “vai passar por compreendermos a parte comportamental entre os cidadãos, as escolas e os governos e passar também pela política das empresas e criar novos modelos sustentáveis de negócio à volta da gestão, prevenção e tratamento de resíduos electrónicos”.
O projecto eWAsTER tem um custo elegível de 2,047 milhões de euros, financiado pela União Europeia em 80%, através do Interreg Euro-Med, cabendo ao PACT um investimento de 326.800 euros. O projecto arrancou a 1 de Janeiro de 2024 e prolonga-se até 30 de Junho de 2026.
No entanto, Ricardo Sobral salienta que “nesta primeira fase preparatória, estamos a contar ter os planos de acção local e a metodologia da área mediterrânica unificada, com todos os parceiros, prontos até meados do próximo ano, 2025”.
Entrevista de Augusta Serrano; Texto de Carlos Caldeira