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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

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Eurodeputado Carlos Zorrinho comenta os 36 dias do novo Governo, a exoneração e demissão de cargos e as declarações do Ministro das Finanças(c/som)

No seu comentário semanal na Rádio Campanário, o eurodeputado do Partido Socialista, Dr. Carlos Zorrinho, comenta os 36 dias do Governo de Luís Montenegro,a exoneração da administração da Sta casa da misericórdia e a demissão do diretor Geral da PSP e as declarações do Ministro das Finanças sobre “os cofres do estado”.

No que diz respeito ao primeiro tema, o Eurodeputado Socialista começou por referir “foram 36 dias de inexistência política, houve de facto uma enorme expetativa em relação a um governo novo mas a verdade é que não aconteceu nenhuma medida concreta “ acrescentando “temos assistido aquilo que é legítimo , nomeadamente na escolha de alguns responsáveis, algo que o governo tem direito a fazer, nomeadamente a escolha de pessoas da sua confiança política mas também aqui tem que explicar porque o faz.” O nosso comentador acrescentou ainda, a este propósito “o tempo político deste primeiro mês do Governo não tem sido marcado pelo Governo mas sim pelo Presidente da República e isso mostra que nós não estamos de facto a discutir medidas novas, concretas e a expetativa vai-se esgotando e possivelmente haverá agora alguma desilusão”

De acordo com o Eurodeputado Socialista “o governo disse que tinha dois meses para fazer um conjunto de coisas que iam marcar muito a vida dos portugueses, 36 dias já lá vão esperamos que os 24 que faltam sejam mais produtivos.”

Relativamente ao segundo tema, o Eurodeputado Carlos Zorrinho frisou “uma coisa que é normal, é por exemplo, renovar os gabinetes de governo; outra coisa são cargos técnico-políticos” adiantando ainda “o caso da Drª Ana Jorge ou do Diretor da PSP são cargos que, apesar de terem uma carga política têm uma carga técnica muito forte”. No caso da exoneração da Administradora da Santa Casa da Misericórdia, Carlos Zorrinho realçou “a forma como esta exoneração foi feita foi muito atrapalhada porque no fundo é feito um despacho com um conjunto de considerações muito pouco abonatórias sobre a administração da Instituição mas a dizer que tinham que continuar à frente da Santa casa da Misericórdia.” O que importa realçar esclarece ” é que não estamos a discutir o que é de facto importante; a única medida concreta até hoje foi o fim das Scuts.”

No que se refere ao terceiro e último tema, Carlos Zorrinho classifica as declarações do ministro das Finanças como “uma politiquice mas uma politiquice que pode sair cara ao País porque os mercados e os investidores estão atentos.” Ainda sobre esta matéria “as declarações do Ministro das Finanças existiram para tentar fazer com que os vários setores da sociedade portuguesa a quem a AD prometeu resolver problemas do ponto de vista profissional tivessem menos expetativas em relação ás negociações que decorrem.”

Ainda assim conclui “o que está previsto no Plano financeiro é um crescimento e portanto nós temos dinheiro nos cofres, isso é absolutamente claro.”

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