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Sábado, Outubro 5, 2024

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Elvas recebe primeiras jornadas parlamentares do Livre

A abertura do segundo dia do 14º Congresso do Livre, que decorre até domingo na Costa de Caparica (concelho de Almada), coube ao deputado alentejano de Campo Maior, Paulo Muacho. Evento no qual anunciou que as primeiras jornadas parlamentares do partido, ainda sem data marcada, vão decorrer em Elvas.

Isto porque foi este o município “que teve a maior votação da extrema-direita” nas últimas legislativas. O deputado, nascido em Campo Maior mas eleito pelo circulo de Setúbal, referia-se ao Chega, que foi o partido mais votado em Elvas nas legislativas de 10 de Março, com 36,5% dos votos, um concelho tradicionalmente socialista.

Apesar das primeiras jornadas parlamentares do Livre não terem ainda uma data definida, tudo indica que decorram após as eleições europeias de 9 de Junho. O Livre tem “responsabilidade de ser a voz” dos esquecidos no Alentejo e Algarve, para “reverter” o crescimento do Chega, considera Paulo Muacho, advogado e membro fundador do Partido Livre. E a escolha de Elvas serve para mostrar que o partido está próximo dessas preocupações, podendo “começar a onda para reverter o crescimento da extrema-direita”, ou seja, do Chega.

“A verdade é que nestes poucos meses mudou mesmo muita coisa para o Livre. Nós conseguimos o nosso primeiro Grupo Parlamentar, do qual tenho o privilégio de fazer parte, e temos mostrado ao País como é que é possível fazer política de forma diferente. Ainda nestas últimas duas semanas, conseguimos aprovar duas importantes medidas de justiça: eliminação de posições remuneratórias intermédias nas carreiras de enfermagem e o alargamento do acesso ao crédito bonificado aos familiares de pessoas com deficiência”, disse Paulo Muacho no seu discurso.

E adiantou que “a partir do Parlamento, o Livre vai continuar a ser uma força transformadora do País. Pessoa a pessoa. Porque, enquanto alguns chegaram ao Parlamento e até hoje as únicas pessoas que ajudaram foi a si próprios, a passagem do Livre pelo Parlamento tem sido repleta de conquistas que mudam efectivamente a vida das pessoas. Desde o passe ferroviário nacional, o programa 3C, o subsídio de desemprego para vítimas de violência doméstica, a semana de quatro dias”.

Foi por isso que “terminámos este mandato muito bem posicionados para conquistar outros lugares de representação, seja no Parlamento Regional da Madeira ou no Parlamento Europeu (…) vamos continuar a mudar a vida das pessoas”, realçou que o debate do Congresso do Livre “seja sobre as pessoas, melhorar a vida dos cidadãos, para trabalhar pelas pessoas, com as pessoas, para as pessoas”.

Para Paulo Muacho, “quando os partidos perdem o foco e a razão pelas quais estão aqui [na política], perdem o apoio das pessoas e temos na nossa história recente — não é preciso ir muito longe — exemplos disso. Partidos que crescem, que conseguem grupos parlamentares, conseguem representações a vários níveis e que se perdem em conflitos internos, em lutas pelo poder. E perdem o apoio das pessoas. Essa não será a história do Livre”.

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