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Quarta-feira, Novembro 27, 2024

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“Se um dia chegar à conclusão que há fome e miséria em Borba, deixo de pagar os empréstimos ao PAEL e arranjo dinheiro para as pessoas”, diz António Anselmo numa grande entrevista à Rádio Campanário (c/som)

A avaliação do primeiro ano e meio de mandato, a elevada dívida que obrigou à integração no PAEL, a dívida à Aguas do Centro Alentejo e o prejuízo que resulta para o município a perda de 90% da água em fugas na própria estação, a conclusão do Parque de Feiras, a zona industrial de Borba, os troços de estradas Borba/Barro Branco e Orada/Santo Aleixo, foram alguns dos temas abordados numa grande entrevista com o presidente da Câmara Municipal de Borba, António Anselmo, eleito a 29 de setembro de 2013 pelo Movimento Unidos por Borba (MUB).

À Rádio Campanário António Anselmo volta a dizer que não quer ser politico e o que fizer ao longo do seu mandato terá que ser bem feito.

O autarca, numa conversa informal começou por dizer que “quando as terras são pequenas como é o caso de Borba e independentemente das posturas politicas mais acentuadas ou menos acentuadas, há uma coisa que se chama bom senso, e o bom senso faz parte do nosso comportamento como pessoas civilizadas, o vereador Serra é uma mais-valia, e as diferenças de política como pessoas civilizadas e adultos, resolvemos”.

António Anselmo nesta grande conversa diz que “Borba tem problemas sérios como têm grande parte das terras deste distrito, e no caso das águas, com algumas canalizações velhas as roturas são cada vez maiores, é evidente que há muita fuga de água mas estamos a tentar resolver pontualmente, exige um trabalho de fundo que neste momento a câmara não tem possibilidade de fazer”, acrescentando, “Borba tem um prejuízo que vem de trás e que neste momento se mantem de cerca de 300 mil euros ao ano”.

Relativamente ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), António Anselmo diz que foram obrigados a recorrer ao PAEL porque “nos paga as dividas a fornecedores de imediato e são cerca de 5 milhões de euros que recebemos, pagámos e agora estamos a pagar o PAEL, alem de pagarmos o PAEL, no espaço de um ano e meio reduzimos a divida em cerca de um milhão e meio, somos muito bons alunos mas para sermos francos, uma coisa é pagarmos mas com um milhão e meio fazia muita coisa em Borba, mas sou obrigado a pagar”.

O presidente da Câmara Municipal de Borba salienta que ao longo do mandato, “aquilo que é necessário vamos fazer e se um dia chegar à conclusão que há fome em Borba, que há miséria em Borba, deixo de pagar os empréstimos ao PAEL e arranjo dinheiro para as pessoas”.

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