Mais de metade dos médicos ortopedistas do Hospital de Évora apresentou a demissão na passada sexta-feira. Dos sete clínicos que compõem o serviço, quatro decidiram abandonar os seus postos, alegando incompatibilidades com o diretor do Serviço de Ortopedia e descontentamento com as condições de trabalho.
Os médicos demissionários continuarão a exercer funções até ao final de julho, garantindo a continuidade dos serviços durante os próximos dois meses. A situação, que se arrasta desde dezembro, teve várias tentativas de resolução junto da administração do hospital, sem sucesso.
Em resposta, a administração do Hospital de Évora assegura que serão tomadas “todas as medidas necessárias para garantir o bom funcionamento do Serviço de Ortopedia e a resposta à população”. A administração também relembra que, no dia 23 de abril, foi aberta uma manifestação de interesse para a direção daquele serviço, estando o processo ainda em curso.
A saída destes profissionais levanta preocupações sobre a capacidade de resposta do hospital às necessidades dos utentes, mas a administração reafirma o compromisso de encontrar soluções para minimizar o impacto desta decisão.