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A entrada de 15% de vinho pode prejudicar os produtores do Alentejo”, Afirma Diretor-Geral da Adega de Redondo.

Redondo, 26 de junho de 2024 — A Rádio Campanário esteve presente esta tarde na Adega Cooperativa de Redondo para a inauguração de um novo espaço de enoturismo. Esta iniciativa, promovida pela recente administração, conseguiu requalificar este espaço em apenas três meses, oferecendo agora uma área onde funcionários e visitantes podem degustar os vinhos da adega.

Durante o evento, a Rádio Campanário conversou com o Dr. Nuno Pinheiro de Almeida, diretor-geral da Adega Cooperativa de Redondo. “Há três meses, a Adega tem uma nova administração. Isto soa a recomeço, trazendo novas ideias e a implementação das mesmas. Conseguimos partilhar e implementar ideias que dão um novo rumo à Adega,” afirmou.

Questionado sobre os planos da nova administração para aumentar a produção, Nuno Pinheiro de Almeida destacou a importância do crescimento no mercado Horeca (hotéis, restaurantes e cafés), onde a presença da adega ainda é menor comparada a outros mercados. “Temos um objetivo de crescimento no canal Horeca, que é bastante importante. Queremos também aumentar a nossa presença no mercado nacional e continuar a crescer na exportação, que já representa 20% da faturação da Adega,” explicou.

A marca Porta da Ravessa, uma das mais reconhecidas da adega, continua a ser a principal bandeira da cooperativa. “Porta da Ravessa é a nossa marca-bandeira, com 34 anos de existência, representando cerca de 60% das vendas. Continuamos a apostar nela, mas também trabalhamos com outras marcas para diferentes mercados,” disse o diretor-geral.

Sobre as preocupações com a produção vinícola face às políticas da União Europeia e à concorrência do olival, Nuno Pinheiro de Almeida sublinhou a necessidade de apoio estatal. “É importante que haja medidas estruturais de apoio ao setor vitivinícola. No ano passado, países complementaram verbas da União Europeia com fundos estatais, o que não aconteceu em Portugal. Isso poderia ter ajudado a regularizar o stock de vinho,” afirmou.

A falta de fiscalização na entrada de vinhos, particularmente de Espanha, também foi mencionada como um problema que prejudica os produtores l. “A incorporação de 15% de vinho de fora da região sem fiscalização adequada desvirtua o perfil do vinho do Alentejo e prejudica o mercado,” alertou Nuno Pinheiro de Almeida.

A inauguração deste novo espaço de enoturismo marca um novo capítulo para a Adega Cooperativa de Redondo, destacando uma estratégia de crescimento e inovação que visa reforçar a sua posição no mercado e fortalecer os laços com a região. Com um compromisso renovado com a qualidade e a tradição, a cooperativa está preparada para enfrentar os desafios futuros e continuar a prosperar como uma das principais referências vinícolas do Alentejo.

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