O Parlamento aprovou esta sexta-feira, 28 de junho, por unanimidade, um voto de saudação à Santa Casa da Misericórdia de Arraiolos e à Santa Casa da Misericórdia de Borda pelo 500.º aniversário de ambas as Instituições.
As duas Instituições, que cumprem 500 anos de existência, destacam-se pelo percurso e pelo trabalho notável que tem desenvolvido ao longo de séculos em prol da comunidade e da sua qualidade de vida, sendo nos dias de hoje reconhecidas como instituições de referência no Alentejo e no país.
Os votos de saudação foram propostos pela Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, através de um documento que parabeniza as duas Misericórdias e presta homenagem a todos os que delas fazem parte.
No caso da proposta apresentada para saudar a Santa Casa da misericórdia de Arraiolos, Projeto de Voto n.º 141/XVI destaca “as bases fundacionais da Santa Casa da Misericórdia de Arraiolos, instituição que, desde a primeira hora e durante séculos, no estrito cumprimento dos seus compromissos, assistiu os mais necessitados do concelho, dando-lhes amparo, proteção, alimento e conforto, auxiliou e reabilitou os presos, deu dotes de casamento às senhoras mais pobres, abrigou os peregrinos, curou os enfermos e acolheu os enjeitados, os que caíram na viuvez, os mendigos, os incapacitados e todos os desamparados.”
No mesmo documento pode ainda ler-se que “A Santa Casa da Misericórdia de Arraiolos tem um papel de vital importância, sobretudo no apoio aos mais vulneráveis, como as crianças e os idosos, designadamente no acolhimento de idosos, apoio domiciliário e creche e jardim de infância. A Santa Casa da Misericórdia de Arraiolos tem assim um papel fundamental na comunidade e para a comunidade e é hoje reconhecida por todos como um autêntico pilar social da região”.
Já no caso da Santa casa da Misericórdia de Borba, a proposta apresentada –Projeto de Voto n.º 179/XVI/1.ª – destacava que “o dia 18 de junho de 2024 representa uma data histórica e marcante para a Santa Casa da Misericórdia de Borba, que comemora 500 anos de vida. Criada no ano de 1524, num cenário cronológico no qual apareceram inúmeras outras Instituições de caráter semelhante, foram os borbenses que fundaram a Irmandade do Santo Espírito, que pediram a sua conversão em Misericórdia, que findaram o seu Hospital e que sustentaram, com os seus bens, esta Instituição e a sua vertente assistencial.”
A Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão destacou ainda que “São cinco séculos ao serviço da comunidade, um trabalho marcado pela solidariedade e pelo humanismo, desde 1524, e que não tem parado de crescer e de ganhar importância “evidenciando que “nos últimos anos, a instituição alargou a sua área de intervenção e as suas valências neste concelho alentejano e conta já com 170 trabalhadores e cerca de 700 utentes.”
O documento realça por fim que “a Santa Casa da Misericórdia de Borba desempenha um papel fulcral enquanto pilar socioeconómico para o desenvolvimento do concelho em que se situa, devido não só à sua elevada dimensão, quer em utentes, quer em recursos humanos, mas também enquanto agente dinamizador e inovador no contexto sociocultural do território.”