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As raízes do Festival Sete Sóis Sete Luas em Montemor-o-Novo e a influência de José Saramago.

Em janeiro de 1991, na pequena aldeia de Ferro d’Agulha, situada a 5 km de Montemor-o-Novo, no Alentejo, nasceu a ideia que daria origem ao Festival Sete Sóis Sete Luas. A iniciativa começou com uma residência teatral de quatro jovens atores italianos, que se instalaram no Pomar da Capela durante os meses de janeiro e fevereiro, enfrentando o rigoroso inverno alentejano para preparar o seu espetáculo.

Foi neste ambiente rural e inspirador que os atores ouviram falar, pela primeira vez, de um dos maiores escritores portugueses, José Saramago, que havia passado algum tempo em Montemor para preparar o seu primeiro grande romance. Encantados pelas histórias locais e pela generosidade dos habitantes, os jovens conseguiram o contacto de Saramago, que prontamente aceitou o convite para visitar Pontedera, em Itália.

A visita de José Saramago, em novembro de 1992, marcou o início dos intercâmbios culturais que viriam a definir o Festival Sete Sóis Sete Luas, um evento que desde então promove a ligação entre diferentes culturas do Mediterrâneo e do mundo lusófono. O apoio e a acolhida calorosa dos habitantes de Montemor-o-Novo, bem como a confiança depositada por Saramago, foram fundamentais para o nascimento e crescimento deste festival.

A recente visita a Montemor-o-Novo, no passado dia 4 de agosto, trouxe de volta as memórias daqueles primeiros passos, incluindo o reencontro com José Grulha, que foi o Presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo em 1991, ano em que o festival começou a ganhar forma. A história do Festival Sete Sóis Sete Luas é um testemunho do poder das conexões culturais e da importância do apoio local na criação de iniciativas que transcendem fronteiras.

Fonte:Sete Sóis Sete Luas

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