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Segunda-feira, Outubro 7, 2024

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Roubos de cortiça no Alentejo, Ribatejo e Centro já somam 465 casos nos últimos dois anos.

O roubo de cortiça tem vindo a aumentar significativamente nas regiões do Alentejo, Ribatejo e Centro, com mais de 260 casos registados só em 2024. Este fenómeno preocupa tanto os proprietários como as autoridades, num setor que, em 2023, representou 2.923,7 milhões de euros no saldo da balança comercial dos produtos do setor florestal.

De acordo com informações da GNR, os distritos mais afetados nos últimos dois anos são Setúbal, Santarém, Portalegre, Castelo Branco e Évora, onde foram registados 465 crimes de furto de cortiça. Só até 31 de julho de 2024, já se contabilizam 268 ocorrências deste tipo.

A GNR indica que estes crimes são frequentemente perpetrados por grupos organizados, especializados na extração direta da cortiça das árvores ou no furto de cortiça já empilhada. Embora o furto direto das árvores seja mais difícil e demorado, é também mais comum, devido à implementação de medidas de segurança passiva para proteger a cortiça armazenada.

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) alerta que, além de ser um crime, o roubo de cortiça pode violar a legislação que protege o sobreiro e a azinheira, especialmente no que diz respeito à idade, época e métodos de extração. Estas práticas ilegais podem comprometer a produção futura das árvores e, em casos mais graves, a sua sobrevivência.

Para os proprietários afetados, a recomendação é reforçar as medidas de segurança nas propriedades e manter uma vigilância constante, colaborando estreitamente com as autoridades para prevenir novos roubos.

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