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“O Carlos escreve poesia com uma naturalidade que nos convida a entrar num mundo de emoções”, diz Filipa de Almeida.

No passado domingo, 11 de agosto de 2024, o Celeiro da Cultura em Borba foi o palco da apresentação da primeira obra literária de Carlos Carona, um jovem natural da cidade e formado em Direito. O livro, intitulado “Falar de Amor – Um Labirinto de Emoções”, marca a estreia de Carona no mundo da poesia e rapidamente se tornou um evento significativo para a comunidade local. A cerimónia contou com a presença de várias personalidades e entidades locais, entre as quais o Presidente da Câmara Municipal de Borba, António Anselmo, a Vereadora Sofia Dias, e o representante das edições Colibri, Fernando Mão de Ferro.

A Dra. Filipa de Almeida, que apresentou o livro, desempenhou um papel crucial ao longo do processo de criação da obra. Em entrevista à Rádio Campanário, Filipa de Almeida explicou como surgiu a sua ligação com o projeto e a sua admiração pela singularidade da escrita de Carlos Carona. “Conheci o Carlos no ano passado, quando publiquei o meu próprio livro. As nossas conversas sobre poesia tornaram-se frequentes, e ele começou a mostrar-me alguns dos seus poemas. Desde o início, percebi que ele tinha uma forma especial de escrever – simples, natural e profundamente emotiva”, revelou.

Destacou ainda, que a escrita de Carlos Carona se distingue pela ausência de rigidez e pela facilidade com que transforma pensamentos e emoções em poesia. “O Carlos escreve como se estivesse a conversar. Não há regras rígidas na sua escrita, não há uma obediência estrita à métrica ou às rimas. Em vez disso, há uma naturalidade que torna a leitura muito fluida e agradável. Isso é algo raro e especial”, acrescentou.

O processo de criação do livro não foi isento de desafios. Segundo Filipa de Almeida, o período de nove meses, desde a conceção até à publicação, foi marcado por momentos de dúvida e incerteza, especialmente por parte do autor. “O Carlos é muito tímido e, no início, estava reticente em publicar. Havia sempre aquela insegurança típica de quem está a dar o primeiro passo na literatura, a dúvida se as pessoas iriam gostar do que ele tinha escrito. Mas com o apoio de outras pessoas e do editor,  foi ganhando confiança”, explicou.

Ao longo do processo, Filipa de Almeida desempenhou um papel de mentora e revisora, ajudando Carlos Carona a lapidar a sua obra. “Eu ajudei no que era preciso, desde a revisão dos textos até ao apoio moral. Foi um trabalho conjunto, mas o mérito é todo dele. Sem os seus poemas, este livro não existiria”, afirmou.

Filipa também revelou que Carlos Carona já tem material para um segundo livro, destacando que os novos poemas mantêm a qualidade e profundidade. “Ele continua a explorar temas como o amor, a empatia e as preocupações sociais. Se decidir publicar, tenho a certeza de que será mais um sucesso”, comentou.

A apresentação de “Falar de Amor – Um Labirinto de Emoções” foi bem recebida pela comunidade, com uma grande afluência de público que encheu o Celeiro da Cultura. Os testemunhos recolhidos pela Rádio Campanário revelaram que a palavra “surpresa” foi a mais usada para descrever a reação à obra de Carlos Carona. A sua forma única de escrever, que desafia as convenções poéticas tradicionais, parece ter cativado todos os presentes.

O evento não foi apenas uma celebração da estreia literária de Carlos Carona, mas também um reflexo do potencial cultural de Borba. A presença de várias figuras de destaque no evento sublinha a importância de apoiar novos talentos e de promover a cultura local. Com este lançamento, Carlos Carona não só deu o primeiro passo na sua carreira literária, como também contribuiu para enriquecer o panorama cultural da sua terra natal.

Este lançamento marca apenas o início de uma jornada que promete ser longa e frutífera. Carlos Carona surge como uma nova voz na poesia portuguesa, trazendo consigo uma perspetiva fresca e uma forma de escrita que, embora simples, é capaz de tocar profundamente os leitores. O apoio que recebeu da comunidade e das entidades envolvidas é um sinal de que há um futuro brilhante à sua espera no mundo da literatura.

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