Os Bombeiros Voluntários de Vendas Novas emitiram uma carta aberta à população, onde alertam para a situação crítica em que se encontram devido à falta de meios humanos e materiais, comprometendo seriamente a capacidade de socorro.
As viaturas de combate a incêndios rurais da corporação são descritas como “autênticas peças de museu”. O veículo mais recente data de 1994, estando completamente ultrapassado e com condições de segurança comprometidas. A situação é ainda mais grave com o veículo mais antigo, de 1978, que foi cedido pelo Exército e conta já com 46 anos de serviço.
A resposta na emergência médica também está longe do ideal. A única viatura do INEM disponível passou 80% do tempo avariada nos últimos dois anos, agravando a capacidade de resposta a situações de emergência. Apesar de várias tentativas de agendar reuniões urgentes com o INEM, os bombeiros afirmam não ter obtido qualquer resposta.
No que toca aos recursos humanos, a situação é igualmente preocupante. Atualmente, a corporação conta com o mesmo número de bombeiros que tinha em 1951, uma altura em que a cidade de Vendas Novas era muito menor e menos desenvolvida. Com apenas 20 voluntários e 22 profissionais, os bombeiros consideram este número insuficiente, especialmente durante os fins de semana. Para tentar garantir um mínimo de socorro, as horas de serviço foram aumentadas, mas isso não é suficiente.
Face a esta situação, os Bombeiros Voluntários de Vendas Novas apelam a uma intervenção urgente, sob pena de ocorrerem graves complicações na prestação de socorro à população.
